Já ouviu falar em curadoria educacional?
Com a ascensão da internet como principal meio de busca por informações, houve duas mudanças evidentes neste conceito.
A primeira foi a democratização do acesso a um universo de conteúdos que, antes, ficavam restritos a empresas, pesquisadores e especialistas.
A segunda veio como consequência da alta velocidade e quantidade de informações disponíveis, que deixou internautas perdidos quanto ao que é importante para sua atualização.
Os estudantes estão profundamente influenciados por conteúdos digitais com as novas necessidades da sociedade em rede. Nesse cenário, cabe ao professor fazer uma seleção criteriosa, que apoie os alunos na construção de conhecimentos bem embasados – ou seja, devem atuar como curadores.
Vamos explicar, ao longo deste artigo, as funções, aplicações e importância da curadoria educacional, em especial para atividades e cursos de Educação a Distância (EAD).
Também comentamos o papel da curadoria na Educação 4.0 e os desafios dos educadores na Era Digital.
Veja os tópicos que preparamos para este guia sobre o tema:
Acompanhe até o final e boa leitura!
Curadoria educacional é um processo de triagem, avaliação e organização. Significa cuidar e zelar pela qualidade e confiabilidade dos conteúdos.
Essa seleção pode incluir tanto os conteúdos em si quanto recursos que facilitem a aquisição de conhecimento, como encontros, brainstorms e aplicativos.
A curadoria educacional tem ganhado relevância no cenário atual, principalmente por fornecer suporte aos cursos de Educação a Distância (EAD).
Devido à sua comodidade, agilidade e redução de custos, a EAD vem se popularizando nos últimos anos, o que exige uma adaptação constante ao ritmo e realidade do aluno.
Quando há uma curadoria educacional de qualidade, ele consegue não apenas absorver os conteúdos propostos, como também entender o contexto, formando sua própria linha de raciocínio.
Tende, ainda, a assumir uma postura ativa, trocando experiências e esclarecendo dúvidas com rapidez.
Conforme cita este artigo, de Lanita Sizanosky e Rodrigo dos Santos, a lógica da curadoria educacional costuma funcionar através de seis etapas principais:
É um profissional formado na área do conhecimento do tema a ser avaliado que fica responsável pelo processo de curadoria.
Para explicar melhor, vamos detalhar o processo de curadoria para uma aula.
Claro que há especificidades de acordo com o tema, objetivo, público-alvo e metodologias de ensino, mas podemos citar alguns pontos.
Primeiro, a escola, universidade, faculdade ou centro educacional escolhe o tema da aula. Muitas vezes essa atividade é realizada por um coordenador pedagógico da instituição em conjunto com o professor responsável pela disciplina.
Segundo, o professor responsável elabora os materiais que serão utilizados nas aulas, seguindo a ementa definida.
Terceiro, o coordenador analisa e sugere adaptações nos materiais elaborados pelo professor, considerando a linha pedagógica da instituição de ensino para criar uma sequência lógica na organização dessa e de outras aulas.
Por fim, um educador capacitado na área do tema inicia a curadoria do conteúdo (curador educacional).
Na Era Digital, também chamada de Era da Informação, o aprendizado vai muito além da sala de aula, seja ela física ou virtual.
Se um aluno tem dúvida ou curiosidade a respeito de qualquer assunto, basta que ele abra a página do Google, ou pergunte à assistente virtual instalada em seu smartphone (Siri, Google Assistant, Alexa, Cortana, Bixby entre outros).
Por algum tempo, boa parte das escolas e universidades deixaram esse fator de lado, o que resultou em grande perda de interesse dos estudantes por apresentações meramente expositivas.
Os tempos mudaram, as novas gerações utilizam uma série de ferramentas e fontes de informação no dia a dia, e a educação precisa acompanhar essas transformações.
Daí a importância da curadoria de conteúdo, que permite a união entre saberes de gerações, de forma organizada, contextualizada e confiável.
Afinal, o curador investiga as fontes antes de compartilhar conhecimentos, oferecendo um auxílio essencial para que o estudante desenvolva seu senso crítico.
Dessa forma, será mais difícil que ele perca tempo com informações que não são úteis, incorretas ou até fake news – as famosas notícias falsas.
Por outro lado, o professor e curador ganham mecanismos inovadores para completar suas aulas, estimular a pesquisa e uma autonomia por parte do aluno em sua construção de conhecimentos.
Em vez de longos monólogos, ele pode apresentar vídeos, áudios, jogos e outros formatos dinâmicos para enriquecer os conteúdos básicos, favorecendo debates e questionamentos.
A curadoria de conteúdo EAD é uma oportunidade porque esse segmento está em amplo crescimento, e os centros de ensino necessitam de conteúdos de qualidade.
Ao contrário do que algumas pessoas pensam, cursos de educação a distância exigem mais que uma simples transferência de conteúdos para o formato digital.
É preciso aprender sobre o público para tornar as atividades interessantes e adequadas para o seu estilo de vida, levando em consideração a carga horária e disponibilidade.
Além disso, assim como em uma aula presencial, vale adicionar materiais e recursos de apoio para atrair e manter a atenção dos alunos, conquistando seu engajamento.
Desse modo, as instituições de ensino alcançam uma boa reputação no mercado, os estudantes realmente constroem conhecimento e os professores cumprem a missão de formar cidadãos e profissionais mais conscientes.
A curadoria educacional serve para selecionar, compilar e distribuir conteúdos de qualidade e adequados à realidade do aluno.
Esse conceito teve origem a partir de uma adaptação da palavra latina “curator“, que significa tutor, alguém que zela ou é responsável pela administração de alguma coisa.
Segundo relatos, o Direito foi o primeiro setor a ter seus curadores, encarregados de acompanhar e vigiar diferentes bens ou órgãos.
Mais tarde, a palavra foi associada ao campo das Artes, dando nome aos famosos curadores de museus e acervos, que detêm conhecimento aprofundado e realizam atividades como a organização de exposições e outros eventos.
Um exemplo de excelência em curadoria de Artes é o trabalho realizado na Pinacoteca de São Paulo.
Essa tarefa de conduzir o público por uma jornada organizada inspirou o termo curadoria educacional, já que o mesmo deve ser feito para orientar a trajetória percorrida pelo estudante em busca de conhecimento.
Podemos dizer, então, que esse processo serve para guiar o aluno, disponibilizando os dados essenciais e sugerindo fontes em que possa confiar, caso queira se aprofundar no assunto.
O curador educacional é um dos atores indispensáveis no contexto da Educação 4.0 – reconhecida por atender às exigências da quarta revolução industrial.
Inteligência artificial, big data e internet das coisas são alguns dos pilares desse estágio, que têm influenciado a rotina de toda a sociedade e, aos poucos, o campo educacional.
Nessa nova era, a sociedade e o mercado de trabalho carecem de profissionais e cidadãos preparados para pensar por si mesmos, utilizando seu capital intelectual para solucionar problemas com eficiência.
Por isso, requer o empoderamento dos alunos, dentro de um conceito chamado “Learning by doing“, que se refere a aprender fazendo.
O simples acúmulo de informações não faz mais sentido nesse cenário, pois a maior parte dos conteúdos está disponível para consulta.
É mais importante desenvolver a criticidade, a capacidade de pesquisa e ousadia para experimentar, colocando “a mão na massa” para ampliar os saberes.
Dar o suporte necessário nessa jornada se torna papel dos educadores e curadores, que são responsáveis por filtrar os dados, incluir ferramentas inovadoras na experiência educacional e orientar sobre os caminhos possíveis para aprofundar os conhecimentos.
Eles devem deixar de lado o modelo antigo, no qual o conhecimento era repassado de forma engessada, para adotar um formato dinâmico, capaz de acompanhar a velocidade das mudanças sociais.
Diferentes instituições de ensino precisam adaptar seu espaço, seja físico ou virtual, para atender às demandas da Educação 4.0.
Não significa que vão aposentar as salas de aula, mas, sim, oferecer novos recursos de ensino, que favoreçam o aprendizado de maneira prática.
Laboratórios, visitas guiadas em grandes empresas e ambientes ao ar livre são alguns exemplos de locais que atraem a atenção dos alunos, permitindo a construção de saberes a partir de experiências.
Mesmo no contexto da EAD ou em espaços limitados, essas experiências podem ser proporcionadas com o auxílio da realidade aumentada, realidade virtual, gamificação e outras ferramentas disponíveis no universo digital.
Escolas, faculdades e centros de ensino devem, também, investir na capacitação de seus profissionais, em especial daqueles que atuarão na curadoria.
É importante que sejam dedicados, curiosos e se mantenham atualizados, a fim de elaborar materiais que gerem engajamento junto aos estudantes.
Dentro da sala de aula, podemos dizer que o professor recebe o papel de facilitador do aprendizado, conectando os alunos aos conteúdos e ferramentas mais adequadas à sua realidade.
Uma aula para alunos de Graduação vai ser diferente de uma aula sobre o mesmo tema, para alunos de MBA, concorda?
Observar, conhecer e delimitar o que será estudado em determinado momento por um grupo é responsabilidade do educador.
Em um mundo repleto de mecanismos digitais fascinantes para os alunos, outra função do professor se torna ainda mais importante: a de despertar a curiosidade.
Afinal, não é a partir da simples transmissão de conteúdo que o aprendizado será construído e, sim, a partir de questionamentos e críticas, que o levam a pensar.
Ou, como afirma este artigo, assinado pela educadora Wilandia Mendes de Oliveira:
“Embora, a realidade da educação brasileira esteja centrada no modelo de perguntas e respostas – como, por exemplo, os testes para entrar na universidade que pedem um ensino quantitativo e a curto prazo para atingir um resultado preciso e rápido – e o professor se sinta muitas vezes impotente diante das dificuldades, ele deve persistir e acreditar que, gerando a dúvida no aluno, o conhecimento se concretizará, transformando-se em experiência.”
O primeiro desafio para os professores está em sua própria formação, que não costuma contemplar as inovações da era digital.
Quando chegam à sala de aula ou para o exercício da curadoria, é necessário que adquiram conhecimentos sobre novas tecnologias para compreender as expectativas e comportamentos dos estudantes.
Também vale destacar as transformações quanto ao aprendizado, que levaram à troca da função de detentor do conhecimento pelo papel de compartilhar diferentes visões de mundo, ajudando os alunos a contextualizar e interpretar informações.
Outro desafio relevante para o educador é criar um ambiente de aprendizagem, que valorize o estudante, acompanhando as mudanças da atualidade.
No caso do EAD, não adianta só disponibilizar aos alunos um LMS (Learning Management System) sem construir um plano de ensino estruturado e realizar um design instrucional para o uso de recursos de interação e aprendizagem. O LMS não deve ser usado como um repositório de conteúdos.
Óbvio que sempre houve mudanças e adaptações na forma de ensinar, porém nas últimas décadas, sua velocidade aumentou muito.
Já não é possível revisar a grade curricular e conteúdos apenas uma vez ao ano ou ao semestre, pois as mudanças ocorrem todos os dias.
Assim, é preciso que o professor esteja aberto ao diálogo, dúvidas e contribuições apresentadas na sala de aula ou em um ambiente virtual de aprendizagem (AVA) para contemplar essas transformações.
É útil, para os educadores, investir em formação continuada para que se mantenham atualizados.
Isso pode ser feito através de:
Vale, ainda, manter o contato com colegas de outras instituições de ensino, acompanhar notícias sobre temas em alta em seu campo de especialização e estabelecer o diálogo com os alunos.
Muitas vezes, é durante as conversas em aula (presenciais ou a distância) que o professor identifica assuntos de interesse para tornar o aprendizado mais atraente.
O formato Learning by doing se beneficia do uso de tecnologias como jogos eletrônicos, robótica e realidade aumentada ou virtual.
Essas ferramentas ajudam a transformar uma sala de aula comum em um ambiente de experimentação, sem deixar a segurança de lado.
É possível, por exemplo, melhorar as habilidades motoras, saltando obstáculos que só existem no ambiente virtual.
Por meio de games e tarefas interativas, crianças e adolescentes podem aprender a trabalhar em equipe, respeitar o espaço dos colegas e desenvolver a empatia – a capacidade de se colocar no lugar do outro.
A utilização da gamificação para substituir tarefas ou até mesmo um trabalho de conclusão de curso é um diferencial encontrado em algumas instituições.
Desse modo, os recursos tecnológicos deixam de ser vilões que tiram a atenção do estudante, provocando interrupções durante aulas expositivas, dinâmicas de grupo ou testes.
Eles se convertem em aliados que, empregados nos momentos oportunos, enriquecem a experiência do aprendizado, reforçando a construção de conhecimentos.
Ainda que o educador não tenha, em sua instituição de ensino, acesso a óculos de realidade virtual ou computadores de última geração, é possível trabalhar com ferramentas mais simples.
A exibição de um vídeo rápido que ilustre um tutorial pode ser aproveitada por um grupo, usando materiais e seguindo os passos até construir um pequeno equipamento.
Debates e estímulo à formação do senso crítico dos alunos estão entre as práticas pedagógicas recomendadas para tratar a grande quantidade de informações que eles recebem diariamente.
A criticidade pode ser estimulada com a apresentação de versões distintas de um mesmo fato, por exemplo, a fim de mostrar que o aprendizado não se baseia, apenas, em verdades absolutas.
Enquanto há leis da Física e Ciências Exatas, outros saberes são permeados por diversas perspectivas e visões de mundo, e sua riqueza está nessas diferenças.
O contato com culturas e teorias diferenciadas ajuda a ampliar os horizontes de professores e alunos, contribuindo para que formem sua própria opinião e, quando preciso, a repensem ou adaptem de acordo com novas informações.
Fenômeno social antigo, as notícias falsas ou boatos ganharam visibilidade com a popularização da internet, atingindo uma quantidade elevada de pessoas em instantes.
Tanto em seu acesso às redes sociais quanto durante buscas na web, os estudantes estão sujeitos a encontrar diversas fake news, portanto, precisam ser preparados para combatê-las.
A sala de aula é um ambiente interessante e que pode colaborar com esse processo, principalmente se o educador abordar as notícias falsas de forma direta e clara.
É útil mostrar para a classe que nem toda informação é uma verdade, propondo exercícios de análise de conteúdo.
Abaixo, elencamos questões que auxiliam nessa tarefa, conforme sugere o Project Look Sharp, iniciativa do Ithaca College:
Comentamos, neste artigo, sobre as origens, funções e contribuições da curadoria educacional para a construção de conhecimentos e o desenvolvimento do senso crítico dos alunos.
Ser um curador, zelando e organizando materiais pertinentes, é um dos papéis do educador do futuro.
A melhor maneira de inspirar o conhecimento é simplesmente confiar que os alunos recebam conteúdo com curadoria.
Os materiais que você escolhe certamente fazem parte da construção de uma base sólida de um curso.
A curadoria em EAD é um dos elementos imprescindíveis para o desenvolvimento de um modelo que se propõe a apresentar a mesma qualidade do ensino presencial de instituições de referência.
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NPS é uma das métricas mais simples e úteis para avaliar a satisfação do cliente.
Partindo de duas questões básicas, esse índice oferece um panorama geral sobre as impressões do consumidor a respeito de uma organização.
De posse desses dados, é possível tomar uma série de decisões, agregando benefícios como fidelização, manutenção da saúde financeira e redução da taxa de cancelamento (Churn Rate).
Ao longo deste artigo, reunimos tudo o que você precisa saber sobre o Net Promoter Score, com dicas para calculá-lo, zonas de classificação e exemplos de aplicação.
Veja os tópicos que vamos abordar a partir de agora:
O assunto interessa? Então, continue lendo!
A sigla NPS vem do inglês e significa Net Promoter Score.
Não existe uma tradução oficial desse indicador, mas ele pode ser descrito como uma pontuação das chances de promoção (ou recomendação) de uma companhia por parte de sua rede de clientes.
Net Promoter Score é uma metodologia que utiliza ferramentas de pesquisa e classificação para analisar o nível de satisfação dos clientes de uma empresa.
Mesmo que você não tenha ouvido falar sobre NPS antes, provavelmente já teve contato com o principal instrumento dessa métrica: a pesquisa de satisfação.
Por meio desse questionário, organizações de todos os setores e portes podem coletar uma série de informações relevantes sobre a opinião do consumidor a respeito de seus produtos e serviços.
Isso porque, quando responde às questões, o cliente expressa sua visão sobre a empresa, permitindo uma comparação entre a perspectiva interna (de líderes e funcionários) e a imagem externa dela.
Como a opinião do consumidor é profundamente influenciada por sua experiência no uso de uma solução e o atendimento prestado a ele, o NPS sinaliza a qualidade do relacionamento que a marca tem com essa pessoa.
Assim, oferece pistas daquilo que deve ser mantido e do que precisa melhorar para que a organização mantenha a lealdade do cliente e, por consequência, sua saúde financeira.
Essa é uma das razões por que o Net Promoter Score é considerado um dos mais importantes indicadores-chave de desempenho (KPI) utilizado atualmente.
O NPS surgiu em 2003, quando o executivo Frederick F. Reichheld publicou o artigo “The One Number You Need to Grow” na revista Harvard Business Review, publicação da famosa universidade norte-americana.
No texto, o autor comentou, pela primeira vez, um índice chamado Net Promoter, chamando a atenção para a importância de as marcas terem clientes que atuam como seus promotores.
Os promotores receberam essa denominação por serem clientes bastante satisfeitos em relação à empresa, o que pode levar ao compartilhamento de sua experiência positiva.
Conforme resume Reichheld:
“O caminho para um crescimento lucrativo e sustentável começa com a criação de mais promotores e menos detratores e a transparência do seu número de promotores de rede em toda a organização. Esse número é o número que você precisa para crescer. É simples e profundo.”
Essa ideia foi explicada em detalhes no livro “The Ultimate Question” (traduzido para o português sob o título “A pergunta definitiva“), lançado alguns anos mais tarde e, posteriormente, na versão atualizada “The Ultimate Question 2.0“.
Devido ao sucesso do indicador, os termos NPS©, Net Promoter© e Net Promoter© Score se tornaram marcas registradas das empresas Satmetrix Systems Inc., Bain & Company e do próprio Fred Reichheld.
O método Net Promoter Score é bastante simples.
Basicamente, ele consiste na aplicação de um breve questionário, com apenas duas perguntas, que deve ser respondido pelo cliente da forma mais sincera possível.
A primeira questão gera uma avaliação quantitativa, revelando o quão satisfeito (ou insatisfeito) o cliente está.
Partindo dessa pontuação, os consumidores são classificados em três diferentes níveis:
Já a segunda questão é mais aberta e qualitativa, tendo como objetivo obter insights sobre estratégias que estão dando certo, e aquelas que precisam de correção.
O NPS é uma ferramenta prática que funciona como um indicador para verificar a quantidade de clientes satisfeitos e insatisfeitos.
Por isso, está entre as mais importantes métricas das organizações que investem em customer success – ou sucesso do cliente.
Essa metodologia descreve a busca pela excelência na experiência do cliente, elevando as taxas de retenção e o engajamento, e reduzindo os cancelamentos (churn).
Através de KPIs como o Net Promoter Score, é possível rastrear problemas e encontrar soluções para que a empresa não perca sua base de clientes.
No contexto atual, em que o consumidor se depara com diversas opções de produtos e serviços, é essencial investir não somente na conquista de novos consumidores e, sim, incluir a fidelização entre as principais metas da companhia.
Afinal, o valor gasto para atrair um novo cliente pode ser de cinco a sete vezes maior que o custo para manter a proximidade com um cliente antigo, segundo Philip Kotler, referência mundial em marketing.
Daí a necessidade de manter os consumidores felizes e satisfeitos, acabando com qualquer motivo que os faça desistir de uma assinatura, contrato ou compra no futuro.
E, para deixar seus clientes satisfeitos, é essencial captar seus feedbacks, ressaltando que a empresa está interessada em ouvi-los e trabalhar para que obtenham sucesso.
O NPS costuma ser o primeiro passo para construir uma rotina de monitoramento e valorização da opinião do consumidor.
Caso você tenha uma base pequena de clientes, um simples e-mail ou até aplicativo de mensagens instantâneas, como o WhatsApp, já servem para aplicar o NPS de forma manual.
Porém, essa dinâmica se complica caso haja muitos consumidores e opiniões para avaliar, o que pede uma ajuda tecnológica.
Através de ferramentas específicas, você e sua equipe terão maior facilidade e controle para enviar pesquisas de satisfação e monitorar o Net Promoter Score.
A seguir, comentamos algumas delas.
É a ferramenta do Google para criar e analisar pesquisas de modo gratuito e simples.
Basta acessar a conta no Google para utilizar o Forms, inserindo perguntas e respostas rapidamente e personalizando o layout conforme suas preferências.
Depois, você vai precisar enviar o link para os clientes e, uma vez que todos tenham respondido, poderá acompanhar gráficos básicos para analisar a pontuação segundo o NPS.
Embora seja interessante para começar a medir esse KPI, o Google Forms não conta com recursos como a comparação com outros indicadores.
Uma das ferramentas mais conhecidas no mercado, apresenta dezenas de relatórios e uma experiência personalizada.
Ao contratar essa opção, a empresa cadastra uma base de clientes e envia questionários NPS de forma automatizada, com acesso a opiniões em tempo real, interações em ordem cronológica e pode mandar mensagens para os clientes a partir da própria plataforma.
Focada em questionários estruturados, essa ferramenta oferece modelos de pesquisa para clientes, funcionários e outras audiências específicas, incluindo questões escritas por especialistas.
Também conta com feedbacks em tempo real para aumentar a satisfação do cliente e até disponibiliza, com um formato básico, uma calculadora de NPS.
Tem como diferencial o fato de funcionar offline, salvando dados em diferentes dispositivos.
A plataforma permite o envio de questionários NPS de modo automatizado, rápido e seu gerenciamento pode ser feito remotamente.
Além do acompanhamento de feedbacks e métricas, oferece cadastro e opções para nutrir os leads – contatos que podem se tornar clientes.
Para calcular o Net Promoter Score, basta utilizar a fórmula:
Ou seja, subtraia a quantidade de detratores da de promotores e, em seguida, divida pelo número total de pessoas que responderam.
Vamos a um exemplo?
Imagine que uma empresa tenha aplicado a pesquisa a uma base de 250 consumidores, sendo que 50 deixaram de responder.
Outros 100 deram notas 9 ou 10 (promotores), houve 80 notas entre 7 e 8 (neutros), e 20 pessoas atribuíram a pontuação de 0 a 6 (detratores).
Então, o cálculo ficaria assim:
Então, o NPS dessa organização corresponde a 40%.
Vale lembrar que, para obter um resultado confiável, o melhor é excluir os consumidores que não responderam sua pesquisa de satisfação.
Caso contrário, seu indicador ficará distorcido.
Dependendo da área de atuação, há diferentes médias comparativas para o Net Promoter Score.
Tradicionalmente, setores como a telefonia têm médias baixas, enquanto hospedagem e saúde costumam ser bem avaliados pela maioria dos clientes.
Mas, para referência, é possível adotar as chamadas zonas de classificação, que mostram uma avaliação generalizada de qualquer segmento.
Conheça as quatro zonas de classificação abaixo.
Corresponde aos NPS mais altos, entre 75% e 100%.
Obter esse resultado mostra que a maioria dos clientes atuam como promotores da marca, que mantém um relacionamento real com eles.
Reúne as empresas que registram NPS entre 50% e 74%.
Apesar de não terem atingido, ainda, a excelência, essas organizações têm uma quantidade superior de promotores em relação aos detratores, resultando em uma imagem positiva.
Expressa um NPS de 0% a 49%, indicando que a companhia precisa dar mais atenção à área de satisfação do cliente.
É comum que esse grupo tenha quantidades parecidas de promotores, neutros e detratores, o que representa uma grande oportunidade de melhoria nos produtos, serviços e atendimento.
Revela um NPS negativo, entre -100% e -1%, com grandes perdas para a empresa devido ao alto número de clientes detratores.
É necessário agir com urgência para reverter esse quadro, antes que a maioria dos consumidores troque o produto ou serviço da companhia pelo de um concorrente.
Apesar de curtas e simples, as pesquisas de satisfação podem seguir duas metodologias diferenciadas, cada uma com suas vantagens.
Acompanhe, a seguir, os métodos transacional e relacional.
É um formato utilizado para avaliar a experiência do cliente após uma transação – um contato com a organização, que pode ser uma compra, atendimento, troca de produto etc.
Imagine que você precise passar por uma consulta médica e, após esse encontro, o consultório encaminhe um e-mail ou mensagem de texto com uma pergunta:
Em uma escala de 0 a 10, como você avalia sua consulta médica?
De acordo com sua resposta, o consultório terá subsídios sobre o contato com funcionários na recepção, serviços de enfermagem e o atendimento médico em si.
Caso já tenha aplicado outros questionários NPS, o estabelecimento também poderá comparar as notas que você deu anteriormente à última, verificando mudanças na percepção do serviço.
Costuma ser aplicado periodicamente, sem se referir a um evento específico, revelando uma visão geral sobre a força da marca aos olhos do cliente.
Vem deste formato a questão tradicional do Net Promoter Score, que pergunta sobre as chances de o cliente recomendar a empresa.
Voltando a nosso exemplo acima, imagine que, após alguns meses daquela primeira consulta, o consultório envie um e-mail pedindo para dar uma nota sobre o quanto você estaria disposto a indicar seus serviços.
Desse modo, colheria pistas sobre sua satisfação para estreitar laços e, se necessário, corrigir aspectos negativos para que você não troque de consultório.
Neste espaço, sugerimos um modelo de formulário NPS relacional, que pode ser adaptado de acordo com o propósito da sua organização.
Não se esqueça de caprichar no layout e inserir seu logo na mensagem.
Via e-mail, pode ficar assim:
“Olá, (NOME)!
Obrigado por escolher nosso produto (ou serviço).
Queremos, sempre, melhorar sua experiência junto à nossa empresa. Por isso, pedimos que responda uma questão simples.
Em uma escala de 0 a 10, o quanto você indicaria nossa empresa para um amigo?
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Poderia descrever o motivo para sua nota?
Agradecemos sua participação!
Atenciosamente,
Maria da Silva, coordenadora de Qualidade.”
Agora que você já sabe calcular e comparar o NPS, vale a pena conhecer alguns fatores de sucesso de companhias que são referência em sua área de atuação.
Segundo explica esta matéria do site Retently, a alta pontuação no Net Promoter Score é consequência de uma cultura voltada ao sucesso do cliente, solucionando problemas e satisfazendo desejos.
Para saber quais organizações utilizam a métrica, acesse este link.
Fabricante de automóveis high tech, a companhia conquistou, em 2019, o impressionante NPS de 96%.
O índice sinaliza a alta satisfação de seus clientes, já que 91% deles disseram que comprariam novamente da marca, e 25% nem mesmo consideram a possibilidade de fazer negócios com empresas concorrentes.
Um de seus pontos fortes é a qualidade dos produtos, acompanhada por uma experiência personalizada para os consumidores.
Eles raramente encontram qualquer problema em seu veículo, mas, se encontrarem, podem encaminhar a demanda diretamente para um executivo da corporação.
Também na zona de excelência, cabe citar o NPS de 77% obtido pelo Starbucks em 2019.
Seus clientes são bastante leais, inclusive quanto ao uso do aplicativo da marca, que é acessado regularmente por 48% dos consumidores.
Os produtos e serviços da empresa são pensados para provocar sensações positivas, fazendo os clientes se sentirem parte de uma comunidade através de programas de recompensas, entregas com o nome do consumidor e implementação de ideias sugeridas.
A gigante do streaming alcançou, em 2019, um NPS de 68%.
Embora se enquadre na zona de qualidade – e não na de excelência -, o resultado é extremamente expressivo em seu segmento.
Para se ter uma ideia, 80% dos clientes Netflix não assinam nenhum outro serviço de streaming, enquanto 61% dos assinantes Hulu e 62% dos assinantes do HBO Now pagam, simultaneamente, por outros serviços.
Além do mais, os clientes Netflix permanecem, em média, 25 meses pagando sua assinatura, devido a fatores como simplicidade e valorização do consumidor.
Antes de implementar o indicador na sua empresa, dê uma olhada em nossa lista para evitar falhas e distorções.
Assim, você terá uma pontuação confiável para avaliar a lealdade dos clientes.
Gostou de aprofundar os conhecimentos sobre o Net Promoter Score?
Esse KPI mostra o nível de contentamento da sua base de clientes, permitindo que você antecipe ações de retenção para aumentar a quantidade de promotores e diminuir os detratores da marca.
Meio ambiente é um termo bastante familiar para você, certo?
Afinal, são frequentes as notícias dando conta de um novo desastre ambiental ou sobre o aumento da poluição, seja atmosférica ou no mar.
Contudo, o noticiário ambiental não é só tristeza e devastação.
Mesmo na televisão, você certamente deve se lembrar de algum programa na qual a natureza é protagonista.
Belas paisagens e a riqueza de flora e fauna são exemplos. E tudo faz parte do meio ambiente.
O que não falta pelo Brasil são ações bem-sucedidas de recuperação e de preservação, como o belo caso de recuperação da nascentes no estado do Espírito Santo.
A conservação dos ecossistemas é essencial para garantir o equilíbrio e fluxo dos serviços ambientais que sustentam a vida no planeta, incluindo o sequestro de carbono da atmosfera e a purificação da água.
O desafio é como equilibrar o crescimento econômico com equidade social e preservação ambiental.
Esse é o foco deste artigo, no qual vamos apresentar esse tema de forma simples e direta.
Se preferir, navegue diretamente pelos tópicos abaixo:
Continue por aqui e fique por dentro!
Estar vivo implica agir e reagir sobre os lugares que nos cercam.
Esses locais, por sua vez, são formados por outros seres vivos e matéria orgânica e/ou inorgânica.
Seria essa, portanto, a definição mais direta possível de meio ambiente.
Trata-se do lugar onde a vida ganha forma e segue seu curso.
Mas o significado vai além. E o meio ambiente pode ser tratado de uma forma geral ou específica.
Os mares, a atmosfera terrestre e suas superfícies secas são ambientes no sentido amplo.
No entanto, há de se considerar os meios em todas as suas dimensões.
Logo, até mesmo os subterrâneos podem ser classificados dessa forma, assim como os ambientes micro ou nanoscópicos, já que neles a vida também floresce.
Onde há seres vivos e interação deles com o meio que os circunda, há meio ambiente.
Entende agora como se forma o meio ambiente? Então, vamos passar à sua importância.
Sem meio ambiente, não há vida.
Assim sendo, preservá-lo é um elemento chave da sobrevivência.
Nesse ponto, esbarramos na questão da urbanização.
Com o crescimento das cidades, alguns argumentam que a humanidade tende a subvalorizar o meio ambiente, já que é no meio urbano que a maior parte da população mundial vive hoje.
O grande problema é que as cidades crescem muitas das vezes com uma rapidez vertiginosa e, como tal, sem um planejamento urbanístico equilibrado, que integra natureza e infraestrutura.
Veja, por exemplo, o caso do Brasil.
Na década de 1960, nossa taxa de urbanização, ou seja, a proporção entre pessoas que viviam na cidade e no campo
Em 2000, esse percentual pulou para 81%.
O meio ambiente é uma combinação de quatro tipos de interfaces onde a vida se manifesta.
São elas a atmosfera, biosfera, litosfera e hidrosfera.
A primeira é a película de oxigênio que circunda a superfície terrestre e que nos protege dos raios ultravioleta solares.
Já a biosfera é a parte externa do planeta como um todo, enquanto a litosfera é a camada sólida e seca do planeta onde vivem a maior parte dos seres humanos.
Finalmente, a hidrosfera compreende toda a água em estado natural, salgada e doce, incluindo mares, rios, lagos, lagoas e quedas d’água.
Em comum, todas essas camadas têm a capacidade de abrigar diferentes formas de vida, sendo o seu equilíbrio fundamental para manter a biodiversidade.
O planeta Terra pode ser considerado como um organismo vivo.
Como tal, seus sistemas precisam estar sempre em equilíbrio, considerando ações de conservação e preservação ambiental para que os seres vivos se reproduzam.
Toda atividade que se presta a manter uma ou mais espécies animais ou vegetais vivas e em condições de se reproduzir é voltada à preservação.
Preservar, portanto, é a única forma de se garantir a sobrevivência não só de outras espécies, como a da própria humanidade.
Imagine que a vida na Terra é como um castelo de cartas.
Se você tira uma delas, as que estiverem acima vão desmoronar.
Algo parecido acontece quando uma espécie qualquer é extinta ou entra em vias de extinção.
Como em uma reação em cadeia, o seu desaparecimento provoca uma série de efeitos danosos à vida na Terra como um todo.
Por tabela, todos sofremos com a redução da biodiversidade, não importa se aqui ou em outros continentes.
O meio ambiente pode ser mantido, basicamente, de duas formas, pela conservação ou pela preservação.
Parecem a mesma coisa, mas há uma diferença significativa entre esses dois conceitos e está relacionada à interferência humana.
Ou seja, quando se fala de conservação, tratamos do uso consciente e racional dos recursos naturais pelo homem.
Já na preservação, a natureza permanece intocada, portanto, sem qualquer ação humana no sentido de explorar suas riquezas.
Como exemplo de conservação, temos as florestas de manejo sustentável nas quais o desmatamento é controlado.
Por sua vez, toda e qualquer reserva, parque natural, Área de Preservação Permanente (APP) ou Área de Proteção Ambiental (APA) são categorias de formas de preservação.
De forma geral, a APA normalmente compreende uma área grande e obrigam um uso sustentável da área, enquanto a APP tem limites mais claros e estritos.
Independente do terreno e recursos encontrados, tudo vai depender de como o ser humano interage com o meio ambiente.
Ao explorá-lo de forma sustentável e garantindo a sobrevivência das espécies e a manutenção dos ecossistemas, ele estará praticando a conservação ambiental.
Preservação ambiental pode parecer assunto exclusivo de ativistas, mas, na verdade, depende muito mais da participação de cada um do que da ação de grupos localizados.
Logo, cada gesto, atitude e comportamento a favor do meio ambiente conta muito.
Quer um exemplo simples que você pode aplicar agora mesmo enquanto lê este artigo?
Supondo que você esteja lendo pelo celular, por que não aproveita para reduzir o consumo da sua bateria, diminuindo, por exemplo, a intensidade do brilho da tela?
Pode parecer uma medida insignificante, mas se cada brasileiro reduzisse a quantidade de cargas nas baterias de seus celulares, poderia gerar economia de 1 bilhão de kWh por ano.
Essa quantidade de energia seria suficiente para abastecer o Brasil inteiro por um dia, considerando que, em média, consumimos cerca de 380 bilhões de kWh anualmente.
Existem ainda outras medidas relativamente simples que você pode adotar para ajudar na preservação do meio ambiente.
Algumas delas são:
A agenda ambiental cresce de importância à medida em que o planeta começa a sentir com mais intensidade os efeitos reais do aquecimento global.
Embora existam céticos sobre o assunto, o fato é que a temperatura média do planeta tem aumentando em nível sem precedentes, os oceanos estão subindo de nível em diversas regiões do planeta, enquanto as calotas polares estão derretendo em ritmo acelerado.
Tudo isso é fruto do aquecimento médio da temperatura provocado pela emissão em níveis alarmantes de gases causadores do efeito estufa na atmosfera.
Afinal, o que não falta são pesquisas que apontam o aumento acima da média nas temperaturas nass últimas décadas.
De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), 2015 e 2018 foram os anos mais quentes dos últimos 22 anos.
A propósito, conforme aponta a organização, no ano passado, foram batidos recordes de temperatura em profusão.
Esse quadro só reforça a necessidade de se promover medidas urgentes para que a disparada nas temperaturas globais seja contida.
Para isso, o desenvolvimento sustentável e o fomento de uma nova economia de baixo carbono são prioridades.
Na esfera individual, o consumo consciente é necessário para minimizarmos os impactos sociais e ambientais. Reduzir o consumo de sacolas plásticas, por exemplo, é um grande passo para evitar a contaminação dos oceanos e cursos d’água.
Separar o lixo, consumir apenas o necessário, e avaliar o impacto do consumo são outros exemplos de como ter atitudes mais sustentáveis.
Segundo o Instituto Akatu, consumir com consciência é consumir diferente, tendo no consumo um instrumento de bem estar e não um fim em si mesmo.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA), o Brasil é um dos países que lideram os debates sobre preservação e conservação.
Tudo isso se apoia, segundo o próprio ministério, nas condições ambientais brasileiras, únicas no mundo.
Veja este dado: 12% das reservas de água doce do planeta se encontram na bacia hidrográfica brasileira, a maior de toda a Terra.
De acordo com o MMA, somos também os campeões em biodiversidade e em extensão de floresta tropical.
Não é de hoje que os líderes brasileiros estão à frente de movimentos em prol do meio ambiente.
O melhor exemplo disso é a histórica Rio 92 (ou Eco 92), conferência de lideranças planetárias realizadas no Rio de Janeiro para debater sobre as questões ambientais.
Hoje, o protagonismo brasileiro encontra-se em xeque, em função das posições do governo Bolsonaro sobre a temática ambientalista, e principalmente pelo desmonte das políticas ambientais. Nesse aspecto, chama mais a atenção a questão da maior floresta tropical do mundo.
Não há como fugir do assunto desmatamento da Amazônia diante da grande quantidade de notícias sobre a acelerada degradação do maior e mais importante ecossistema do planeta.
Se fosse apenas a retirada ilegal de cobertura florestal, talvez o problema fosse até menos grave.
O grande desafio é lidar com a consequência mais nefasta do desmatamento, principalmente com os incêndios florestais criminosos.
Os proprietários rurais devem ser estimulados a aplicarem técnicas de manejo correto, como o uso de aceiros, para evitar a propagação acidental das chamas. Por
Isso porque atear fogo às matas é parte dos procedimentos de “limpeza” do solo visando ao cultivo ou para abrir pastos.
Diversas instituições de monitoramento trouxeram números alarmantes sobre o aumento das queimadas na Amazônia em 2019. O IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) foi um deles. Em sua nota técnica, afirmou que a Amazônia “está queimando mais em 2019 e o período seco, por si só, não explica este aumento”.
Para o Instituto, “é imperativo que o poder público e a sociedade brasileira façam esforços para que o desmatamento ilegal seja exterminado, sob o risco da próxima geração de brasileiros virar cinzas”
A urbanização acelerada e o modo de vida baseado no consumo de produtos derivados de petróleo são apontados como causadores de severos impactos ambientais.
De qualquer forma, impacto ambiental é toda consequência gerada pelas ações ou ocupação humanas no meio ambiente.
Nesse aspecto, cinco tipos de impacto são mais graves.
Falaremos sobre eles agora.
A ilha de plástico no Pacífico é apenas um dentre tantos impactos ambientais sofridos pelos oceanos.
Um deles, por exemplo, é a pesca predatória do atum, peixe que pode ser vendido por milhares de dólares e que atrai a cobiça de pescadores em todo o mundo.
Para a atmosfera, o grande inimigo é sem dúvida as emissões de gases causadores do efeito estufa, principalmente o gás carbônico (CO2) oriundo especialmente pela combustão de combustíveis, desmatamento e degradação florestal.
Esse é, como vimos, o principal vetor que contribui para as mudanças climáticas, já que os gases causadores do efeito estufa se acumulam na atmosfera, e leva ao aquecimento global
Resíduos sólidos urbanos
Os aterros sanitários sem controle, também conhecidos como lixões, são uma séria ameaça aos ecossistemas que os rodeiam.
Sem medidas de contenção, eles geram um subproduto da decomposição do lixo, o chorume, altamente tóxico e capaz de se infiltrar em cursos d’água.
Os aterros sanitários sem controle, também conhecidos como lixões, são uma séria ameaça aos ecossistemas que os rodeiam.
Sem medidas de contenção, eles geram um subproduto da decomposição do lixo, o chorume, altamente tóxico e capaz de se infiltrar em cursos d’água.
Já vimos há alguns tópicos exemplos de medidas simples que ajudam a reduzir o impacto de nossos hábitos de consumo no meio ambiente.
No entanto, você pode fazer ainda mais para ajudar desde já a garantir um futuro com mais sustentabilidade ambiental para as futuras gerações.
Veja como:
Este artigo trouxe um panorama abrange sobre algumas das principais questões relacionadas ao meio ambiente.
Passamos por aspectos relacionados à preservação ambiental, impactos da ação humana sobre os ecossistemas e ações individuais e coletivas importantes para construir um futuro melhor.
Para complementar esse aprendizado, vale ler ainda nosso artigo sobre educação ambiental.
E se quiser se aprofundar nos estudos, visite o site da Fundação Instituto de Administração (FIA), que oferece uma gama de cursos cujo objetivo é formar gestores mais bem preparados para essa nova realidade também nas empresas, onde o conceito de aquecimento global e mudanças climáticas cresce em importância.
Se o conteúdo foi útil, compartilhe. Deixe seu comentário a seguir, com sua opinião ou dúvida sobre o assunto.
Você já ouviu falar nos negacionistas do clima?
São chamados assim os indivíduos que não creem no aquecimento global ou não acreditam que o homem tenha algum tipo de interferência no aumento da temperatura da superfície terrestre e suas consequências com as mudanças climáticas.
No Brasil, a parcela de negacionistas é conhecida. A Pesquisa Datafolha, realizada em julho de 2019, mostrou que 15% da população não acredita no aquecimento global.
No entanto, o número se torna mais expressivo quando comparado ao mesmo levantamento, realizado há quase dez anos.
À época, somente 8% dos brasileiros estavam entre aqueles que contestam os argumentos sobre o aumento da temperatura média do planeta.
Mas o que será que leva as pessoas a não acreditarem no aquecimento global? Os pressupostos, de fato, fazem sentido?
Essas e outras perguntas serão respondidas neste artigo.
Então, se você tem interesse em conhecer mais sobre negacionismo climático, continue por aqui.
Abordaremos os seguintes tópicos:
Acompanhe até o final para saber tudo sobre o assunto!
Negacionismo climático é toda a manifestação contrária ao fenômeno do aquecimento global provocado pelo aumento das emissões antrópicas.
As emissões antrópicas, segundo o IPAM, são produzidas como resultado da ação humana. São lançadas grandes quantidades de gás carbônico na atmosfera por tais atividades, como a queima de combustíveis fósseis, agricultura, fabricação de cimento etc.
Voltando ao movimento, também chamado de ceticismo climático, ele tem como característica ser difuso, composto por pessoas em diversas partes do mundo e sem uma organização bem definida.
Talvez isso seja até proposital, já que dificulta o debate e ações mais consistentes na esfera da opinião pública.
Mas, afinal, eles estão certos? O aquecimento global é verdade ou não?
Para a ciência, sim, há evidências incontestáveis que a temperatura no planeta está aumentando e deve subir ainda mais, podendo chegar a níveis perigosos se nada for feito para impedir.
Pesquisas científicas comprovam o aquecimento global, intensificado de maneira sem precedentes pelo aumento das emissões antrópicas de gases causadores do efeito estuda.
No entanto, o grupo de indivíduos que forma o negacionismo climático não só duvida disso, como também se ampara em argumentos não-científicos para sustentar sua posição.
Os negacionistas do clima são as pessoas que não acreditam no aquecimento global decorrente da intervenção humana.
Também podem ser chamados assim os indivíduos que creem no aumento da temperatura, mas contradizem o fato de que o fenômeno é provocado pelo homem.
Embora seja um movimento sem uma entidade científica representativa, como já explicado, os negacionistas do clima têm defensores mais ativos e proeminentes.
Um deles é Piers Corbyn, meteorologista inglês que contesta abertamente os efeitos do aumento do CO2 na atmosfera.
Para ele, o gás não causa o efeito estufa. Segundo o negacionista, o aquecimento é provocado pela maior atividade solar.
O ativista vai além. Para Corbyn, tudo não passa de um complô internacional engendrado pela comunidade científica contra os países ocidentais industrializados.
É mais ou menos nesse estilo que os negacionistas argumentam. Para eles, os cientistas não estão apenas errados, como possuem uma agenda por trás.
Ou, além disso, tudo não passa de um fenômeno natural, sem consequências mais graves.
No Brasil, o negacionismo climático existe, mas ainda não convence muita gente.
Pelo menos é isso que diz a pesquisa do Instituto Datafolha que citamos acima. Para 85% dos brasileiros, o planeta está sim, sofrendo um processo de aquecimento não natural, ou seja, provocado pelo homem.
Apesar da população em geral não ter aberto tanto espaço para a refutação das descobertas científicas sobre o aquecimento global, existem personalidades que discordam das preocupantes descobertas feitas ou como elas são fundamentadas.
Aqui vale salientar que toda discussão é abraçada pela comunidade científica e teorias, modelos e noções podem ser mudadas.
Entretanto, o apresentado até agora pelos negacionistas não é suficiente para mudar o apresentado por cientistas do mundo inteiro e chancelados pelos relatórios do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas).
E o mais perigoso: refutar sem base científica e questionar descobertas vitais para a existência do ser humano no planeta pode incentivar pessoas, governos e entidades a não tomar ações necessárias para diminuir o impacto da ação humana no planeta.
A principal característica do negacionismo climático é ser um movimento, como já destacamos, difuso, polêmico e sem base científica.
Isso os torna necessariamente heterogêneos, verificando-se em muitos casos pontos de vista contraditórios entre os próprios negacionistas.
No geral, a linha argumentativa dos negacionistas é bastante enviesada.
Eles normalmente abordam apenas recortes do problema do aquecimento global, sem relacioná-los com outros fatores, como o aumento das emissões antrópicas desde a revolução industrial, oriundas principalmente da queima de combustíveis, do desmatamento e da degradação florestal.
Entre as think tanks que se dedicam a divulgar ideias negacionistas, se destaca a The Heartland Institute.
No passado, essa entidade teve papel relevante, ao contestar os malefícios do fumo passivo, posicionando-se a favor da fabricante Philip Morris.
Ao ler um texto, artigo ou até notícia sobre um assunto importante como ecologia e preservação ambiental, é necessário ter cuidado porque existe um jogo de interesses grande pairando sobre o tema. Isso não é diferente do que acontece na política, por exemplo.
Aliás a preservação ambiental cada vez mais é um assunto politizado, em um mundo globalizado e cada vez mais polarizado.
Aqui não estamos falando de políticas partidárias, mais investimento público ou maior liberdade econômica.
Estamos falando de ciência, crises climáticas e dados alarmantes.
Na maioria de suas manifestações públicas, os negacionistas, em geral, não apoiam suas argumentações em estudos empíricos.
Alguns deles até usam algumas evidências científicas, mas, quando o fazem, as apresentam sem relacioná-las ao contexto mais amplo do aumento das emissões antrópicas de gases causadores do efeito estufa.
É comum que os argumentos negacionistas tenham linguagem simples, de fácil entendimento.
Afinal, relatórios científicos e análise de dados podem ser difíceis de entender para o grande público. Quem simplificar e trouxer uma mensagem clara sai à frente.
O uso de experiências pessoais e relato de situações cotidianas também são uma estratégia para simplificar a discussão e ganhar adeptos.
Alguns dos argumentos usados pelo movimento negacionista podem ser vistos na carta aberta “Por uma agenda climática baseada em evidências e nos interesses reais da sociedade”, enviada para o Ministro do Meio-Ambiente, Ricardo Salles.
Entre os pontos abordados pelos negacionistas, o mais importante de analisar – e rebater – é o que tenta desmerecer e descreditar os cientistas que fazem as descobertas e as entidades que as chancelam.
Para responder os outros argumentos apresentados na carta aberta, vale ler o seguinte texto do Observatório do Clima.
Quando ainda não estava em campanha e depois quando participou da eleição para a Casa Branca, Donald Trump apresentou-se como um grande céticos das mudanças climáticas.
Trump afirmou que a propagação de ideias sobre o aquecimento global provocado pelo homem é originada em interesses políticos, como o da China, em frear a produtividade e expansão das economias do Ocidente.
Já como presidente dos Estados Unidos ele diminuiu a intensidade de sua oratória negacionista, mas segue longe de reconhecer as evidências científicas sobre esse assunto.
Os interesses geopolíticos com os subsídios aos combustíveis fósseis, assim como o lobby de setores intensivos em emissões, como o do carvão e de termoelétricas, se sobressaem nesse contexto da crise climática.
Por isso é importante confiar em entidades ligadas à ciência e independentes de interesses políticos, disputa por votos e lobby.
O Painel Intergovernamental para a Mudança de Clima (IPCC em inglês) é uma entidade de mais de 30 anos de atividade criada pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).
O objetivo do IPCC não é desenvolver novas pesquisas científicas sobre o assunto, mas consolidar os resultados de estudos científicos publicados em renomados periódicos internacionais, interpretá-los e reunir as informações relevantes
Para os negacionistas, o IPCC não teria a isenção necessária para tratar do assunto, pois estaria comprometido com governos e interesses escusos.
Mas a verdade é que o IPCC representa a maior autoridade mundial a respeito do aquecimento global, reunindo renomados cientistas de diversas áreas para consolidar resultados de estudos científicos revisados por pares.
O objetivo é subsidiar chefes de estados e formuladores de políticas públicas no estabelecimento de políticas climáticas mundiais e nacionais.
A história está repleta de exemplos de posturas reacionárias perante os avanços da ciência.
O movimento ludita, por exemplo, não deixa de ser uma espécie de “avô” do negacionismo.
Em comum, eles apresentam a negação aos novos conceitos trazidos pela pesquisa científica.
Apegados ao passado ou movidos por interesses particulares, eles tentam desesperadamente lutar contra os fatos. No caso do negacionismo climático, o perigo está no atraso que ele pode representar para que medidas de emergência sejam tomadas.
Afinal, o que a humanidade não tem é tempo a perder na sua luta contra os efeitos do aquecimento global.
Um erro muito comum é aliar o fato de não podermos abusar dos recursos naturais do Planeta e ignorar seus alertas com a estagnação econômica e a falta de desenvolvimento.
A verdade é que iniciativas sustentáveis e políticas que pensem no que é ecologicamente correto e criem empregos e valor para a economia existem há algum tempo.
Inclusive o Nobel da Economia de 2018 foi concedido a William Nordhaus e Paul Romer por seus trabalhos relacionando desenvolvimento da economia, inovação e sustentabilidade.
Preocupar-se com o Planeta e querer o desenvolvimento econômico não é contraditório.
Em 2018, Paul Krugman publicou, na edição do The New York Times do dia 27 de novembro, um artigo atacando frontalmente o governo de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos.
O artigo foi traduzido e posteriormente publicado na revista Exame com o título de A perversidade da negação climática.
Krugman se ampara no posicionamento negacionista de Trump, reconhecido como defensor da indústria petrolífera e automotiva.
A preocupação do especialista abrange a ascensão ao poder de figuras com essa visão. No Brasil, o atual governo também já deu mostras de aderir à causa negacionista.
A recente polêmica envolvendo os incêndios na Amazônia são indicativo da posição cética do chefe do executivo.
Enquanto isso, a sociedade civil organizada, entidades de classe, empresas e instituições tentam fazer a sua parte, independentemente de apoio governamental.
O aquecimento global é uma realidade e seus efeitos devem ser mitigados com máxima urgência.
Para o bem da humanidade, é preciso que cada um faça a sua parte no sentido de minimizar as emissões de carbono.
Nesse embate de ideias, quanto mais conhecimento, melhor, até mesmo porque as empresas ambientalmente responsáveis já entenderam a importância da sustentabilidade.
Na FIA, você se especializa para atuar em um mercado de trabalho “verde” e em empreendimentos de impacto social com o curso de extensão Empreendedorismo Social e Negócios Socioambientais: Panorama Atual e Tendências Futuras.
Sem dúvida, uma educação de qualidade é um instrumento e tanto na luta contra os problemas ambientais.
Gostou do conteúdo? Então, não deixe de escrever o seu comentário aqui embaixo e compartilhar este artigo com os seus amigos nas redes sociais!
Você já ouviu falar nos negacionistas do clima?
São chamados assim os indivíduos que não creem no aquecimento global ou não acreditam que o homem tenha algum tipo de interferência no aumento da temperatura da superfície terrestre e suas consequências com as mudanças climáticas.
No Brasil, a parcela de negacionistas é conhecida. A Pesquisa Datafolha, realizada em julho de 2019, mostrou que 15% da população não acredita no aquecimento global.
No entanto, o número se torna mais expressivo quando comparado ao mesmo levantamento, realizado há quase dez anos.
À época, somente 8% dos brasileiros estavam entre aqueles que contestam os argumentos sobre o aumento da temperatura média do planeta.
Mas o que será que leva as pessoas a não acreditarem no aquecimento global? Os pressupostos, de fato, fazem sentido?
Essas e outras perguntas serão respondidas neste artigo.
Então, se você tem interesse em conhecer mais sobre negacionismo climático, continue por aqui.
Abordaremos os seguintes tópicos:
Acompanhe até o final para saber tudo sobre o assunto!
Negacionismo climático é toda a manifestação contrária ao fenômeno do aquecimento global provocado pelo aumento das emissões antrópicas.
As emissões antrópicas, segundo o IPAM, são produzidas como resultado da ação humana. São lançadas grandes quantidades de gás carbônico na atmosfera por tais atividades, como a queima de combustíveis fósseis, agricultura, fabricação de cimento etc.
Voltando ao movimento, também chamado de ceticismo climático, ele tem como característica ser difuso, composto por pessoas em diversas partes do mundo e sem uma organização bem definida.
Talvez isso seja até proposital, já que dificulta o debate e ações mais consistentes na esfera da opinião pública.
Mas, afinal, eles estão certos? O aquecimento global é verdade ou não?
Para a ciência, sim, há evidências incontestáveis que a temperatura no planeta está aumentando e deve subir ainda mais, podendo chegar a níveis perigosos se nada for feito para impedir.
Pesquisas científicas comprovam o aquecimento global, intensificado de maneira sem precedentes pelo aumento das emissões antrópicas de gases causadores do efeito estuda.
No entanto, o grupo de indivíduos que forma o negacionismo climático não só duvida disso, como também se ampara em argumentos não-científicos para sustentar sua posição.
Os negacionistas do clima são as pessoas que não acreditam no aquecimento global decorrente da intervenção humana.
Também podem ser chamados assim os indivíduos que creem no aumento da temperatura, mas contradizem o fato de que o fenômeno é provocado pelo homem.
Embora seja um movimento sem uma entidade científica representativa, como já explicado, os negacionistas do clima têm defensores mais ativos e proeminentes.
Um deles é Piers Corbyn, meteorologista inglês que contesta abertamente os efeitos do aumento do CO2 na atmosfera.
Para ele, o gás não causa o efeito estufa. Segundo o negacionista, o aquecimento é provocado pela maior atividade solar.
O ativista vai além. Para Corbyn, tudo não passa de um complô internacional engendrado pela comunidade científica contra os países ocidentais industrializados.
É mais ou menos nesse estilo que os negacionistas argumentam. Para eles, os cientistas não estão apenas errados, como possuem uma agenda por trás.
Ou, além disso, tudo não passa de um fenômeno natural, sem consequências mais graves.
No Brasil, o negacionismo climático existe, mas ainda não convence muita gente.
Pelo menos é isso que diz a pesquisa do Instituto Datafolha que citamos acima. Para 85% dos brasileiros, o planeta está sim, sofrendo um processo de aquecimento não natural, ou seja, provocado pelo homem.
Apesar da população em geral não ter aberto tanto espaço para a refutação das descobertas científicas sobre o aquecimento global, existem personalidades que discordam das preocupantes descobertas feitas ou como elas são fundamentadas.
Aqui vale salientar que toda discussão é abraçada pela comunidade científica e teorias, modelos e noções podem ser mudadas.
Entretanto, o apresentado até agora pelos negacionistas não é suficiente para mudar o apresentado por cientistas do mundo inteiro e chancelados pelos relatórios do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas).
E o mais perigoso: refutar sem base científica e questionar descobertas vitais para a existência do ser humano no planeta pode incentivar pessoas, governos e entidades a não tomar ações necessárias para diminuir o impacto da ação humana no planeta.
A principal característica do negacionismo climático é ser um movimento, como já destacamos, difuso, polêmico e sem base científica.
Isso os torna necessariamente heterogêneos, verificando-se em muitos casos pontos de vista contraditórios entre os próprios negacionistas.
No geral, a linha argumentativa dos negacionistas é bastante enviesada.
Eles normalmente abordam apenas recortes do problema do aquecimento global, sem relacioná-los com outros fatores, como o aumento das emissões antrópicas desde a revolução industrial, oriundas principalmente da queima de combustíveis, do desmatamento e da degradação florestal.
Entre as think tanks que se dedicam a divulgar ideias negacionistas, se destaca a The Heartland Institute.
No passado, essa entidade teve papel relevante, ao contestar os malefícios do fumo passivo, posicionando-se a favor da fabricante Philip Morris.
Ao ler um texto, artigo ou até notícia sobre um assunto importante como ecologia e preservação ambiental, é necessário ter cuidado porque existe um jogo de interesses grande pairando sobre o tema. Isso não é diferente do que acontece na política, por exemplo.
Aliás a preservação ambiental cada vez mais é um assunto politizado, em um mundo globalizado e cada vez mais polarizado.
Aqui não estamos falando de políticas partidárias, mais investimento público ou maior liberdade econômica.
Estamos falando de ciência, crises climáticas e dados alarmantes.
Na maioria de suas manifestações públicas, os negacionistas, em geral, não apoiam suas argumentações em estudos empíricos.
Alguns deles até usam algumas evidências científicas, mas, quando o fazem, as apresentam sem relacioná-las ao contexto mais amplo do aumento das emissões antrópicas de gases causadores do efeito estufa.
É comum que os argumentos negacionistas tenham linguagem simples, de fácil entendimento.
Afinal, relatórios científicos e análise de dados podem ser difíceis de entender para o grande público. Quem simplificar e trouxer uma mensagem clara sai à frente.
O uso de experiências pessoais e relato de situações cotidianas também são uma estratégia para simplificar a discussão e ganhar adeptos.
Alguns dos argumentos usados pelo movimento negacionista podem ser vistos na carta aberta “Por uma agenda climática baseada em evidências e nos interesses reais da sociedade”, enviada para o Ministro do Meio-Ambiente, Ricardo Salles.
Entre os pontos abordados pelos negacionistas, o mais importante de analisar – e rebater – é o que tenta desmerecer e descreditar os cientistas que fazem as descobertas e as entidades que as chancelam.
Para responder os outros argumentos apresentados na carta aberta, vale ler o seguinte texto do Observatório do Clima.
Quando ainda não estava em campanha e depois quando participou da eleição para a Casa Branca, Donald Trump apresentou-se como um grande céticos das mudanças climáticas.
Trump afirmou que a propagação de ideias sobre o aquecimento global provocado pelo homem é originada em interesses políticos, como o da China, em frear a produtividade e expansão das economias do Ocidente.
Já como presidente dos Estados Unidos ele diminuiu a intensidade de sua oratória negacionista, mas segue longe de reconhecer as evidências científicas sobre esse assunto.
Os interesses geopolíticos com os subsídios aos combustíveis fósseis, assim como o lobby de setores intensivos em emissões, como o do carvão e de termoelétricas, se sobressaem nesse contexto da crise climática.
Por isso é importante confiar em entidades ligadas à ciência e independentes de interesses políticos, disputa por votos e lobby.
O Painel Intergovernamental para a Mudança de Clima (IPCC em inglês) é uma entidade de mais de 30 anos de atividade criada pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).
O objetivo do IPCC não é desenvolver novas pesquisas científicas sobre o assunto, mas consolidar os resultados de estudos científicos publicados em renomados periódicos internacionais, interpretá-los e reunir as informações relevantes
Para os negacionistas, o IPCC não teria a isenção necessária para tratar do assunto, pois estaria comprometido com governos e interesses escusos.
Mas a verdade é que o IPCC representa a maior autoridade mundial a respeito do aquecimento global, reunindo renomados cientistas de diversas áreas para consolidar resultados de estudos científicos revisados por pares.
O objetivo é subsidiar chefes de estados e formuladores de políticas públicas no estabelecimento de políticas climáticas mundiais e nacionais.
A história está repleta de exemplos de posturas reacionárias perante os avanços da ciência.
O movimento ludita, por exemplo, não deixa de ser uma espécie de “avô” do negacionismo.
Em comum, eles apresentam a negação aos novos conceitos trazidos pela pesquisa científica.
Apegados ao passado ou movidos por interesses particulares, eles tentam desesperadamente lutar contra os fatos. No caso do negacionismo climático, o perigo está no atraso que ele pode representar para que medidas de emergência sejam tomadas.
Afinal, o que a humanidade não tem é tempo a perder na sua luta contra os efeitos do aquecimento global.
Um erro muito comum é aliar o fato de não podermos abusar dos recursos naturais do Planeta e ignorar seus alertas com a estagnação econômica e a falta de desenvolvimento.
A verdade é que iniciativas sustentáveis e políticas que pensem no que é ecologicamente correto e criem empregos e valor para a economia existem há algum tempo.
Inclusive o Nobel da Economia de 2018 foi concedido a William Nordhaus e Paul Romer por seus trabalhos relacionando desenvolvimento da economia, inovação e sustentabilidade.
Preocupar-se com o Planeta e querer o desenvolvimento econômico não é contraditório.
Em 2018, Paul Krugman publicou, na edição do The New York Times do dia 27 de novembro, um artigo atacando frontalmente o governo de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos.
O artigo foi traduzido e posteriormente publicado na revista Exame com o título de A perversidade da negação climática.
Krugman se ampara no posicionamento negacionista de Trump, reconhecido como defensor da indústria petrolífera e automotiva.
A preocupação do especialista abrange a ascensão ao poder de figuras com essa visão. No Brasil, o atual governo também já deu mostras de aderir à causa negacionista.
A recente polêmica envolvendo os incêndios na Amazônia são indicativo da posição cética do chefe do executivo.
Enquanto isso, a sociedade civil organizada, entidades de classe, empresas e instituições tentam fazer a sua parte, independentemente de apoio governamental.
O aquecimento global é uma realidade e seus efeitos devem ser mitigados com máxima urgência.
Para o bem da humanidade, é preciso que cada um faça a sua parte no sentido de minimizar as emissões de carbono.
Nesse embate de ideias, quanto mais conhecimento, melhor, até mesmo porque as empresas ambientalmente responsáveis já entenderam a importância da sustentabilidade.
Na FIA, você se especializa para atuar em um mercado de trabalho “verde” e em empreendimentos de impacto social com o curso de extensão Empreendedorismo Social e Negócios Socioambientais: Panorama Atual e Tendências Futuras.
Sem dúvida, uma educação de qualidade é um instrumento e tanto na luta contra os problemas ambientais.
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A crise climática 2040 é a mais recente e alarmante previsão da ONU para o planeta, considerando os efeitos do aquecimento global.
Relatório recente publicado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) alerta para os prováveis risco de uma crise climática sem precedentes.
De acordo com os cientistas, se as emissões de gases causadores do efeito estufa se mantiverem no nível atual, a atmosfera vai aquecer 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais até 2040.
As consequências podem ser devastadoras para a humanidade, incluindo aumento do nível do mar e inundações de áreas costeiras, intensificação de secas, perda de habitats naturais e de espécies.
Isso impactará na saúde, segurança alimentar e crescimento econômico.
O aumento sem precedentes na temperatura média do planeta demanda um gigantesco esforço conjunto para que seus impactos sejam superados por meio de ações de mitigação – redução de emissões de gases causadores do efeito estufa.
Relatório recente da Organização Meteorológica Mundial (OMM), braço da ONU para o clima, destaca que o período entre 2015 e 2019 corresponde aos cinco anos mais quentes da história.
Embora os recordes de temperatura, e as previsões alarmantes para o futuro, o assunto não é novo.
A semente da crise se relaciona com o processo de industrialização, o qual cientistas estipulam ter iniciado por volta de 1850, com o aumento das emissões antrópicas (causada pelo homem) de gases causadores do efeito estufa, especialmente o CO2.
Sendo assim, a situação hoje é das mais preocupantes.
Para se ter uma ideia melhor a respeito, ainda que os tratados ambientais começassem a ser cumpridos à risca, as consequências do aquecimento global ainda seriam sentidas por anos.
O IPCC estima que 30% do carbono emitido na atmosfera leva milhões de anos para dissipar na atmosfera, 40% centenas de anos, e 30% até 30 anos.
Ou seja, se a humanidade zerasse hoje as suas emissões, a temperatura média do planeta continuaria a subir.
Por isso, fica o convite para entender melhor o contexto por trás da crise climática.
Acompanhe até o final ou, se preferir, navegue pelos tópicos abaixo:
Boa leitura!
Convenciona-se chamar de crise climática os sinais da mudança do clima global devido ao acúmulo de CO2 e outros gases que levam ao efeito estufa na atmosfera.
Importante dizer que o efeito estufa é um fenômeno natural e necessário para manter a temperatura da terra em níveis habitáveis. O problema está na concentração de gases, emitidos por meio da intervenção humana, o que origina o que se convencionou chamar de aquecimento global.
Conforme o tempo passa, esse acúmulo tende a aumentar, formando um “cobertor” que eleva as temperaturas em escala global.
A partir disso, temos toda uma série de desdobramentos e efeitos dos mais catastróficos para a vida na Terra, como a aceleração do derretimento das calotas polares e o aumento do nível do mar.
Quanto à previsão do IPCC da anunciada crise climática antes de 2040, o aumento do nível do mar em diversas localidades vai provocar o desaparecimento de regiões costeiras, que serão inundadas irremediavelmente.
Certamente, há diversos problemas ambientais a serem tratados, como a gestão dos resíduos sólidos urbanos e a ausência de saneamento básico que leva à contaminação das águas dos mares, rios e lagoas.
No entanto, o aquecimento global é um tema prioritário que queremos tratar nesse artigo.
Não por acaso, o problema demandou da Organização das Nações Unidas (ONU) a criação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) em 1988.
Sim, você não leu errado. Foi em 1988, mesmo.
A função do IPCC não é realizar novas pesquisas, mas sintetizar os resultados dos estudos mais relevantes, avaliados por pares, já publicados em periódicos científicos internacionais.
Os cientistas do IPCC sintetizam as informações em relatórios voltados especialmente para os formuladores de políticas públicas dos 192 países signatários da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC na siga em inglês).
No IPCC há três grupos de atuação com foco diferente: clima, impactos das mudanças climáticas e possíveis soluções e dimensões econômica e social dos efeitos da mudança climática.
Há mais de 30 anos a questão do aquecimento é discutida por cientistas, governos e sociedades, sendo foco de estudos e pesquisas científicas.
Em outubro de 2018, o IPCC divulgou um relatório no qual 191 cientistas de 40 países se dedicaram a consolidar os resultados de mais de 6 mil artigos revisados por pares e publicados em revistas científicas internacionais sobre o tema aquecimento global.
A conclusão foi de que a crise climática chegará a um ponto em que a segurança alimentar e os incêndios florestais deverão se agravar já em 2040.
Além disso, deverá haver uma maciça mortandade de recifes de coral em todo o planeta.
Os corais são um ecossistema marinho com importância vital para o equilíbrio da vida, já que eles são uma espécie de “floresta tropical” dos oceanos, dando abrigo e alimento para muitos peixes, funcionando como um filtro de água, e protegendo as costas.
Riscos e consequências com aquecimento acima de 1,5 grau Celsius de acordo com o relatório do IPCC:
Segundo o físico Bill Hare, da Climate Analytics e autor de diversos estudos para o IPCC, o novo relatório é um grande choque.
De acordo com o cientista, ele traz dados desconhecidos pela comunidade científica há poucos anos.
Ou seja, é um estudo que pegou até mesmo os pesquisadores de surpresa.
A conclusão mais alarmante a que se chegou é que, no atual ritmo de emissão de carbono, a temperatura na Terra aumentará 1,5º até 2040.
A novidade é que, antes, acreditava-se que a catástrofe mundial só aconteceria se o aumento na temperatura alcançasse os 2 graus.
Contudo, ainda há tempo para evitar o pior.
Para os cientistas, é possível promover as modificações imprescindíveis para reverter a escalada do aquecimento, pelo menos na parte técnica e prática.
Ainda é possível minimizar a catástrofe climática, mas mudanças rápidas e sem precedentes são necessárias para limitar o aquecimento do planeta em 1,5 grau Celsius em relação ao período pré-industrial.
Para evitar esse cenário, as emissões humanas de dióxido de carbono terão que cair 45% até 2030, em relação aos níveis de 2010, e zerar até 2050.
41 bi de toneladas de CO2 são emitidas no mundo anualmente
O relatório do IPCC estima um custo dos danos prováveis de US$ 54 trilhões se a temperatura média global aumentar acima de 1,5 até 2050
O grande obstáculo, entretanto, está na política.
Como exemplo, vale lembrar que os Estados Unidos, o segundo maior emissor de gases causadores do efeito estufa, vem rejeitando vários pontos de acordo internacionais do clima, o que inclui a sua saída do Acordo de Paris.
Segundo o relatório do IPCC Special Report on Global Warming of 1.5 °C, é preciso implementar urgentemente no mundo:
Outro cientista que participou do relatório especial do IPCC, Jim Skea, diz que é possível, conforme as leis da física e da química, limitar o aquecimento a 1,5º até 2040.
Contudo, isso exigiria, segundo Skea, mudanças sem precedentes, ou seja, possíveis na teoria, mas dificílimas na prática.
Dentre essas medidas, as fontes renováveis, como a eólica, teriam que produzir, até 2035, 85% da energia elétrica consumida no planeta.
Tal medida geraria um custo de cerca de 2,4 trilhões de dólares.
Além da ONU, outros órgãos estão envolvidos no monitoramento e controle das mudanças climáticas, como a Agência Espacial Norte Americana, a NASA.
De acordo com ela, desde 1880, o nível do mar aumentou em 20 centímetros.
Também segundo a NASA, a acidez da água do mar subiu 30% desde a segunda metade do século XIX.
Isso significa que, se nada for feito, em 2.100, o nível do mar aumentará mais 10 centímetros.
O Relatório Especial sobre Mudanças Climáticas, Oceanos e Criosfera, divulgado em setembro de 2019, é mais alarmante.
Considerando que as emissões de carbono não irão diminuir e sim continuar aumentando, o nível pode subir mais de um metro.
Na 21ª Conferência das Partes (COP21) da UNFCCC, em Paris, realizada em 2015, foi adotado um acordo bastante significativo para tentar lidar com as consequências das mudanças climáticas.
O chamado Acordo de Paris foi aprovado pelos 195 países que fazem parte da UNFCCC para reduzir emissões de gases de efeito estufa (GEE) no contexto do desenvolvimento sustentável.
Nesse acordo cada país se comprometeu com metas voluntárias para reduzir as emissões de gases de efeito de estufa, entre outras medidas de adaptação e mitigação.
Em 2016, essas metas foram aprovadas pelos países signatários e tornaram-se compromissos oficiais, ratificando-se assim o Acordo de Paris.
O Brasil se comprometeu com as seguintes metas no Acordo de Paris:
A crise climática em curso, como vimos, apresenta um elevado potencial para impactar a humanidade tal como conhecemos em um prazo até curto.
O que está em jogo no nível extremo é a permanência da humanidade na Terra. O planeta vai se adaptar com qualquer crise.
Sendo assim, destacamos os que demandam mais urgência e atenção para serem minimizados.
O efeito colateral mais imediato de elevação nas temperaturas é o aumento do nível do mar.
Marés mais altas do que o normal representam uma séria ameaça à vida das pessoas que vivem em regiões litorâneas.
Sobre essa questão, os estudos apontam para uma elevação de quase um metro até 2100, caso as medidas para redução do efeito estufa não sejam efetivas o bastante.
Esse aumento, por sua vez, tem como causa o derretimento das calotas polares e também do gelo na Groenlândia.
Em 2018, uma foto publicada pelo pesquisador dinamarquês Steffen Olsen alarmou ainda mais a comunidade científica e as pessoas preocupadas com o aquecimento global.
Parece até um truque de ilusionismo, mas na verdade é mais uma prova de que o derretimento do gelo no ártico e na Groenlândia segue em ritmo acelerado.
Na imagem, o trenó puxado por cães “caminha” sobre o espelho d’água formado pela superfície de gelo em franco derretimento.
O processo de liquefação do gelo é monitorado pela NASA desde 1979, que vem registrando índices cada vez mais preocupantes nesse indicador.
Afinal, quanto mais gelo derrete, mais acelerada é a subida no nível do mar.
Embora o aumento de 1,5º represente uma ameaça, na atual conjuntura, já é um enorme desafio frear o aquecimento a essa temperatura até 2040.
O relatório especial do IPCC apresentou um sumário para formuladores de políticas públicas com medidas que poderiam ser adotadas desde já para conter a elevação nas temperaturas.
Veja na sequência algumas dessas medidas, conforme os impactos gerados por segmentos chave no contexto do aquecimento global.
O setor energético, com suas usinas movidas a carvão, é um grande emissor de gás carbônico.
Além das usinas, a queima de combustíveis fósseis obtidos a partir do refino do petróleo também é fonte de emissão .
Nesse sentido, a medida de contenção número um é abolir a queima do carvão. Nos últimos anos já foi observada uma grande queda nessa fonte de energia em diversos países.
Hoje, coalizões se formam como a Powering Past Coal Alliance, que reúne governos, empresas e organizações nacionais e subnacionais que trabalham para avançar na transição da geração de energia de carvão para a energia limpa.
A Alemanha, por exemplo, colocou como meta que até 2038 deixará de produzir energia a partir do carvão mineral.
Nesse segmento, o destaque negativo vai para a indústria siderúrgica, que, por sua vez, pode reduzir significativamente suas emissões de CO2 pela substituição de altos-fornos.
Assim, sairiam de cena os altos-fornos comuns para dar lugar a fornos de arco elétrico.
Nos Estados Unidos, por exemplo, entre 1991 e 2010, a utilização desse tipo de equipamento aumentou em 23 pontos percentuais.
Já em relação aos combustíveis, a indústria pode substituir o carvão por materiais cuja queima gere menos dióxido de carbono como a biomassa ou o hidrogênio.
Os veículos terrestres, marítimos e aéreos são responsáveis por 14% das emissões de gases de efeito estufa, segundo relatório apresentado na 24ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 24).
Dessa forma, as medidas de contenção nesse setor começam pela construção de veículos mais leves, feitos de materiais que reduzam a demanda energética.
Algumas dessas melhorias já estão inclusive em uso, como a injeção eletrônica de combustível e o uso de fibra de carbono na construção de carrocerias.
Contudo, nada seria mais efetivo do que mudar a fonte de combustível, passando dos fósseis para a eletricidade.
O relatório especial do IPCC trouxe vários números que ajudariam a atingir as metas desejadas e limitar o aumento da temperatura a 1,5 grau Celsius.
Por exemplo, se 70% dos veículos fossem movidos a eletricidade até 2050, 8% das emissões atuais seria eliminada.
O setor de construção civil e o próprio uso de prédios é um grande emissor de gás carbônico atualmente.
Nos edifícios, essas emissões são geradas em grande parte pelos seus sistemas de calefação e de refrigeração.
Para melhorar nesse quesito, os edifícios teriam que investir em processos de retrofit, que consiste, basicamente, em mudar seus sistemas que consomem energia.
Um exemplo disso são as casas e prédios que investem em iluminação em LED, aquecedores solares e tetos com isolamento térmico.
Uma vantagem desse modelo é que, além da redução nas emissões, eles propiciam contas de água e energia elétrica mais baratas.
Como vimos neste artigo sobre a crise climática 2040, o desafio que temos pela frente exige um enorme esforço conjunto.
O que não faltam são evidências de que, se nada for feito desde já, corremos sério risco de viver uma catástrofe em 20 anos.
A principal lição que fica desta leitura é que a mudança compete a todos.
Vale para o Brasil, para os outros países, para as empresas e para você.
Se deseja saber mais sobre como ajudar, leia nosso artigo sobre educação ambiental.
E para se aprofundar ainda mais nos estudos, visite o site da Fundação Instituto de Administração (FIA) e conheça uma série de cursos que se destinam a formar gestores mais bem preparados para essa a crescente exigência de responsabilidade social nas empresas
Deixe seu comentário abaixo, com sua opinião ou dúvida sobre o assunto. E se o conteúdo foi útil, compartilhe.
Meio ambiente é um termo bastante familiar para você, certo?
Afinal, são frequentes as notícias dando conta de um novo desastre ambiental ou sobre o aumento da poluição, seja atmosférica ou no mar.
Contudo, o noticiário ambiental não é só tristeza e devastação.
Mesmo na televisão, você certamente deve se lembrar de algum programa na qual a natureza é protagonista.
Belas paisagens e a riqueza de flora e fauna são exemplos. E tudo faz parte do meio ambiente.
O que não falta pelo Brasil são ações bem-sucedidas de recuperação e de preservação, como o belo caso de recuperação da nascentes no estado do Espírito Santo.
A conservação dos ecossistemas é essencial para garantir o equilíbrio e fluxo dos serviços ambientais que sustentam a vida no planeta, incluindo o sequestro de carbono da atmosfera e a purificação da água.
O desafio é como equilibrar o crescimento econômico com equidade social e preservação ambiental.
Esse é o foco deste artigo, no qual vamos apresentar esse tema de forma simples e direta.
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Continue por aqui e fique por dentro!
Estar vivo implica agir e reagir sobre os lugares que nos cercam.
Esses locais, por sua vez, são formados por outros seres vivos e matéria orgânica e/ou inorgânica.
Seria essa, portanto, a definição mais direta possível de meio ambiente.
Trata-se do lugar onde a vida ganha forma e segue seu curso.
Mas o significado vai além. E o meio ambiente pode ser tratado de uma forma geral ou específica.
Os mares, a atmosfera terrestre e suas superfícies secas são ambientes no sentido amplo.
No entanto, há de se considerar os meios em todas as suas dimensões.
Logo, até mesmo os subterrâneos podem ser classificados dessa forma, assim como os ambientes micro ou nanoscópicos, já que neles a vida também floresce.
Onde há seres vivos e interação deles com o meio que os circunda, há meio ambiente.
Entende agora como se forma o meio ambiente? Então, vamos passar à sua importância.
Sem meio ambiente, não há vida.
Assim sendo, preservá-lo é um elemento chave da sobrevivência.
Nesse ponto, esbarramos na questão da urbanização.
Com o crescimento das cidades, alguns argumentam que a humanidade tende a subvalorizar o meio ambiente, já que é no meio urbano que a maior parte da população mundial vive hoje.
O grande problema é que as cidades crescem muitas das vezes com uma rapidez vertiginosa e, como tal, sem um planejamento urbanístico equilibrado, que integra natureza e infraestrutura.
Veja, por exemplo, o caso do Brasil.
Na década de 1960, nossa taxa de urbanização, ou seja, a proporção entre pessoas que viviam na cidade e no campo
Em 2000, esse percentual pulou para 81%.
O meio ambiente é uma combinação de quatro tipos de interfaces onde a vida se manifesta.
São elas a atmosfera, biosfera, litosfera e hidrosfera.
A primeira é a película de oxigênio que circunda a superfície terrestre e que nos protege dos raios ultravioleta solares.
Já a biosfera é a parte externa do planeta como um todo, enquanto a litosfera é a camada sólida e seca do planeta onde vivem a maior parte dos seres humanos.
Finalmente, a hidrosfera compreende toda a água em estado natural, salgada e doce, incluindo mares, rios, lagos, lagoas e quedas d’água.
Em comum, todas essas camadas têm a capacidade de abrigar diferentes formas de vida, sendo o seu equilíbrio fundamental para manter a biodiversidade.
O planeta Terra pode ser considerado como um organismo vivo.
Como tal, seus sistemas precisam estar sempre em equilíbrio, considerando ações de conservação e preservação ambiental para que os seres vivos se reproduzam.
Toda atividade que se presta a manter uma ou mais espécies animais ou vegetais vivas e em condições de se reproduzir é voltada à preservação.
Preservar, portanto, é a única forma de se garantir a sobrevivência não só de outras espécies, como a da própria humanidade.
Imagine que a vida na Terra é como um castelo de cartas.
Se você tira uma delas, as que estiverem acima vão desmoronar.
Algo parecido acontece quando uma espécie qualquer é extinta ou entra em vias de extinção.
Como em uma reação em cadeia, o seu desaparecimento provoca uma série de efeitos danosos à vida na Terra como um todo.
Por tabela, todos sofremos com a redução da biodiversidade, não importa se aqui ou em outros continentes.
O meio ambiente pode ser mantido, basicamente, de duas formas, pela conservação ou pela preservação.
Parecem a mesma coisa, mas há uma diferença significativa entre esses dois conceitos e está relacionada à interferência humana.
Ou seja, quando se fala de conservação, tratamos do uso consciente e racional dos recursos naturais pelo homem.
Já na preservação, a natureza permanece intocada, portanto, sem qualquer ação humana no sentido de explorar suas riquezas.
Como exemplo de conservação, temos as florestas de manejo sustentável nas quais o desmatamento é controlado.
Por sua vez, toda e qualquer reserva, parque natural, Área de Preservação Permanente (APP) ou Área de Proteção Ambiental (APA) são categorias de formas de preservação.
De forma geral, a APA normalmente compreende uma área grande e obrigam um uso sustentável da área, enquanto a APP tem limites mais claros e estritos.
Independente do terreno e recursos encontrados, tudo vai depender de como o ser humano interage com o meio ambiente.
Ao explorá-lo de forma sustentável e garantindo a sobrevivência das espécies e a manutenção dos ecossistemas, ele estará praticando a conservação ambiental.
Preservação ambiental pode parecer assunto exclusivo de ativistas, mas, na verdade, depende muito mais da participação de cada um do que da ação de grupos localizados.
Logo, cada gesto, atitude e comportamento a favor do meio ambiente conta muito.
Quer um exemplo simples que você pode aplicar agora mesmo enquanto lê este artigo?
Supondo que você esteja lendo pelo celular, por que não aproveita para reduzir o consumo da sua bateria, diminuindo, por exemplo, a intensidade do brilho da tela?
Pode parecer uma medida insignificante, mas se cada brasileiro reduzisse a quantidade de cargas nas baterias de seus celulares, poderia gerar economia de 1 bilhão de kWh por ano.
Essa quantidade de energia seria suficiente para abastecer o Brasil inteiro por um dia, considerando que, em média, consumimos cerca de 380 bilhões de kWh anualmente.
Existem ainda outras medidas relativamente simples que você pode adotar para ajudar na preservação do meio ambiente.
Algumas delas são:
A agenda ambiental cresce de importância à medida em que o planeta começa a sentir com mais intensidade os efeitos reais do aquecimento global.
Embora existam céticos sobre o assunto, o fato é que a temperatura média do planeta tem aumentando em nível sem precedentes, os oceanos estão subindo de nível em diversas regiões do planeta, enquanto as calotas polares estão derretendo em ritmo acelerado.
Tudo isso é fruto do aquecimento médio da temperatura provocado pela emissão em níveis alarmantes de gases causadores do efeito estufa na atmosfera.
Afinal, o que não falta são pesquisas que apontam o aumento acima da média nas temperaturas nass últimas décadas.
De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), 2015 e 2018 foram os anos mais quentes dos últimos 22 anos.
A propósito, conforme aponta a organização, no ano passado, foram batidos recordes de temperatura em profusão.
Esse quadro só reforça a necessidade de se promover medidas urgentes para que a disparada nas temperaturas globais seja contida.
Para isso, o desenvolvimento sustentável e o fomento de uma nova economia de baixo carbono são prioridades.
Na esfera individual, o consumo consciente é necessário para minimizarmos os impactos sociais e ambientais. Reduzir o consumo de sacolas plásticas, por exemplo, é um grande passo para evitar a contaminação dos oceanos e cursos d’água.
Separar o lixo, consumir apenas o necessário, e avaliar o impacto do consumo são outros exemplos de como ter atitudes mais sustentáveis.
Segundo o Instituto Akatu, consumir com consciência é consumir diferente, tendo no consumo um instrumento de bem estar e não um fim em si mesmo.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA), o Brasil é um dos países que lideram os debates sobre preservação e conservação.
Tudo isso se apoia, segundo o próprio ministério, nas condições ambientais brasileiras, únicas no mundo.
Veja este dado: 12% das reservas de água doce do planeta se encontram na bacia hidrográfica brasileira, a maior de toda a Terra.
De acordo com o MMA, somos também os campeões em biodiversidade e em extensão de floresta tropical.
Não é de hoje que os líderes brasileiros estão à frente de movimentos em prol do meio ambiente.
O melhor exemplo disso é a histórica Rio 92 (ou Eco 92), conferência de lideranças planetárias realizadas no Rio de Janeiro para debater sobre as questões ambientais.
Hoje, o protagonismo brasileiro encontra-se em xeque, em função das posições do governo Bolsonaro sobre a temática ambientalista, e principalmente pelo desmonte das políticas ambientais. Nesse aspecto, chama mais a atenção a questão da maior floresta tropical do mundo.
Não há como fugir do assunto desmatamento da Amazônia diante da grande quantidade de notícias sobre a acelerada degradação do maior e mais importante ecossistema do planeta.
Se fosse apenas a retirada ilegal de cobertura florestal, talvez o problema fosse até menos grave.
O grande desafio é lidar com a consequência mais nefasta do desmatamento, principalmente com os incêndios florestais criminosos.
Os proprietários rurais devem ser estimulados a aplicarem técnicas de manejo correto, como o uso de aceiros, para evitar a propagação acidental das chamas. Por
Isso porque atear fogo às matas é parte dos procedimentos de “limpeza” do solo visando ao cultivo ou para abrir pastos.
Diversas instituições de monitoramento trouxeram números alarmantes sobre o aumento das queimadas na Amazônia em 2019. O IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) foi um deles. Em sua nota técnica, afirmou que a Amazônia “está queimando mais em 2019 e o período seco, por si só, não explica este aumento”.
Para o Instituto, “é imperativo que o poder público e a sociedade brasileira façam esforços para que o desmatamento ilegal seja exterminado, sob o risco da próxima geração de brasileiros virar cinzas”
A urbanização acelerada e o modo de vida baseado no consumo de produtos derivados de petróleo são apontados como causadores de severos impactos ambientais.
De qualquer forma, impacto ambiental é toda consequência gerada pelas ações ou ocupação humanas no meio ambiente.
Nesse aspecto, cinco tipos de impacto são mais graves.
Falaremos sobre eles agora.
A ilha de plástico no Pacífico é apenas um dentre tantos impactos ambientais sofridos pelos oceanos.
Um deles, por exemplo, é a pesca predatória do atum, peixe que pode ser vendido por milhares de dólares e que atrai a cobiça de pescadores em todo o mundo.
Para a atmosfera, o grande inimigo é sem dúvida as emissões de gases causadores do efeito estufa, principalmente o gás carbônico (CO2) oriundo especialmente pela combustão de combustíveis, desmatamento e degradação florestal.
Esse é, como vimos, o principal vetor que contribui para as mudanças climáticas, já que os gases causadores do efeito estufa se acumulam na atmosfera, e leva ao aquecimento global
Resíduos sólidos urbanos
Os aterros sanitários sem controle, também conhecidos como lixões, são uma séria ameaça aos ecossistemas que os rodeiam.
Sem medidas de contenção, eles geram um subproduto da decomposição do lixo, o chorume, altamente tóxico e capaz de se infiltrar em cursos d’água.
Os aterros sanitários sem controle, também conhecidos como lixões, são uma séria ameaça aos ecossistemas que os rodeiam.
Sem medidas de contenção, eles geram um subproduto da decomposição do lixo, o chorume, altamente tóxico e capaz de se infiltrar em cursos d’água.
Já vimos há alguns tópicos exemplos de medidas simples que ajudam a reduzir o impacto de nossos hábitos de consumo no meio ambiente.
No entanto, você pode fazer ainda mais para ajudar desde já a garantir um futuro com mais sustentabilidade ambiental para as futuras gerações.
Veja como:
Este artigo trouxe um panorama abrange sobre algumas das principais questões relacionadas ao meio ambiente.
Passamos por aspectos relacionados à preservação ambiental, impactos da ação humana sobre os ecossistemas e ações individuais e coletivas importantes para construir um futuro melhor.
Para complementar esse aprendizado, vale ler ainda nosso artigo sobre educação ambiental.
E se quiser se aprofundar nos estudos, visite o site da Fundação Instituto de Administração (FIA), que oferece uma gama de cursos cujo objetivo é formar gestores mais bem preparados para essa nova realidade também nas empresas, onde o conceito de aquecimento global e mudanças climáticas cresce em importância.
Se o conteúdo foi útil, compartilhe. Deixe seu comentário a seguir, com sua opinião ou dúvida sobre o assunto.
Há anos ouvimos falar sobre o aquecimento global nos noticiários, publicações sobre meio ambiente e também em relatórios de clima e tempo.
O termo diz respeito ao aumento médio da temperatura do planeta, que segue se intensificando desde a Revolução Industrial.
Em 2018, por exemplo, a Nasa (Agência Espacial dos Estados Unidos) identificou que a temperatura média do planeta foi a quarta mais alta em 140 anos.
Já cientistas americanos divulgaram que nunca esteve tão quente nos últimos 120 mil anos como agora.
As notícias atuais são alarmantes, mas o problema não é novo – e vem sendo estudado há bastante tempo.
O aquecimento global é complexo e impacta governos, empresas, e a sociedade como um todo.
Durante as últimas décadas, muito se foi discutido sobre quais são as possíveis consequências do aquecimento global por conta do aumento de emissões de gases causadores do efeito estufa, e como a elevação da temperatura média do planeta é uma ameaça para o futuro da humanidade.
Passamos tanto tempo discutindo quais seriam as consequências que, hoje, o aquecimento global já é um problema do presente e que pode apresentar impactos graves.
De fato, é preciso uma mudança de paradigma para encarar a crise climática como uma realidade. E, a partir disso, pensar em soluções para que o planeta siga se desenvolvendo sem comprometer a vida dos que aqui habitam.
Continue lendo este artigo para saber mais sobre o aquecimento global, todas as suas causas, consequências, além de conhecer as iniciativas que já existem para combater seus efeitos.
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Boa leitura!
O aquecimento global é um fenômeno que vem sendo registrado pelo mundo todo durante as últimas décadas.
Ele se refere a um aumento progressivo das temperaturas médias de oceanos e da atmosfera terrestre, que causa consequências na flora e na fauna, além de impactar setores críticos como o agronegócio.
Esse aquecimento é provocado pelo efeito estufa, fenômeno descrito pela primeira vez em 1859, pelo cientista irlandês John Tyndall.
Ainda que o efeito estufa seja natural, ele é intensificado pelo aumento das emissões antrópicas de GEE (gases do efeito estufa) decorrentes de intervenções humanas.
As medições históricas das emissões de GEE são medidas desde a Revolução Industrial, período do século XVIII onde a industrialização se acelerou capitaneada pelas primeiras fábricas na Inglaterra.
O processo se intensificou muito no período pós-industrialização, já que a queima de combustíveis fósseis aumentou e, com a nova facilidade em produzir, cresceu também a população mundial – e, consequentemente, o consumo e a produção.
Assim, chegamos ao cenário atual em que vivemos: um planeta com quase 8 bilhões de habitantes, que seguem explorando no mesmo ritmo – ou até mais rápido – do que quando havia apenas alguns milhões de pessoas morando na Terra.
São muitas as causas do aquecimento global, mas a maioria delas aponta para o mesmo fator.
De forma resumida, ele é provocado pelas intervenções do homem na natureza para a exploração de seus recursos.
A principal relação é com a intensificação do efeito estufa, que muda o clima do planeta.
Esse fenômeno natural é intensificado pelo aumento de emissões antrópicas dos gases de efeito estufa.
A queima de combustíveis fósseis e o desmatamento são as principais fontes desses gases para a atmosfera.
A crise climática na qual a humanidade se encontra tem origem no agravamento do efeito estufa.
Este é um fenômeno natural pelo qual o planeta retém o calor emitido pelo sol, garantindo que a atmosfera mantenha uma temperatura adequada para a existência de vida na Terra.
Sem o efeito estufa, o nosso planeta teria temperaturas extremamente baixas, prejudicando a sobrevivência da maioria dos seres vivos.
Especialistas estimam que as temperaturas na superfície terrestre girariam em torno dos 18ºC negativos.
Para comparação, a média atual, considerando os pontos mais frios e os mais quentes, é de 14,78°C.
Assim, entendemos que o efeito estufa é essencial para a humanidade.
Ainda que seja um processo natural e necessário, ele se intensificou muito nas últimas décadas, fazendo com que chegássemos ao século XXI com as maiores temperaturas médias que se tem registro.
O aumento das emissões de gases causadores do efeito estufa, sobretudo no período pós-Revolução Industrial, tem trazido consequências preocupantes para o clima do mundo todo.
Tudo começa com os raios solares que chegam ao nosso planeta.
Em torno de 50% da radiação infravermelho fica retida na atmosfera, enquanto o restante chega até a superfície, aquecendo-a e irradiando calor.
Os gases do efeito estufa funcionam como uma espécie de manta protetora que impede que esse calor seja devolvido para o espaço, absorvendo e o prendendo na atmosfera terrestre.
Esses gases isolam o nosso planeta, absorvendo parte da energia irradiada pela Terra e permitindo temperaturas adequadas para a vida.
São quatro os principais gases causadores do efeito estufa:
O primeiro da lista é justamente o mais abundante, sendo liberado em uma série de atividades humanas, como a queima de combustíveis fósseis e o desmatamento.
O dióxido de carbono é utilizado como referência para classificar o potencial destrutivo dos outros gases.
Estima-se que a quantidade de CO2 presente na atmosfera aumentou em 35% desde a Revolução Industrial.
O gás metano é produzido principalmente pela decomposição de matéria orgânica e, por isso, encontrado em aterros sanitários, áreas alagadas para reservatório de usinas de energia elétrica e na criação de gado para a pecuária.
O CH4 tem um poder de aquecimento global 21 vezes maior do que o dióxido de carbono.
Ainda, o óxido nitroso vem do tratamento de dejetos de animais, do uso de fertilizantes, da queima de combustíveis fósseis e DE alguns processos industriais.
Sua influência sobre o efeito estufa chega a ser 310 vezes maior em comparação ao CO2.
Por fim, o hexafluoreto de enxofre é utilizado sobretudo como isolante térmico e condutor de calor, sendo o mais perigoso de todos nesta lista.
Seu poder sobre o aquecimento global chega a ser 23.900 vezes maior do que o do dióxido de carbono.
Existem ainda duas famílias de gases mais recentes que vem da atividade humana e também atuam sobre o efeito estufa.
Os hidrofluorcarbonos (HFCs) surgiram como uma alternativa aos clorofluorcarbonos (CFCs), gases utilizados em refrigeradores e aerossóis, mas que foram aposentados por serem uma ameaça à camada de ozônio.
O poder de aquecimento dos HFCs varia entre 140 e 11.700 vezes em comparação ao CO2.
Por último, os perfluorcarbonos (PFCs) vêm de refrigerantes, solventes, espumas e aerossóis da indústria de cosméticos.
Seu potencial sobre o efeito estufa é de 6.500 a 9.200 vezes maior do que o do dióxido de carbono.
Todos os dados podem ser consultados no site do Ministério do Meio Ambiente.
O aquecimento global é um problema do mundo todo e, por isso, deve ser tratado como prioridade, sem exceções.
É importante pressionar os chefes de estado e parlamentares para que instituam políticas que possibilitem um desenvolvimento sustentável, capazes de garantir o fomento de uma economia de baixo carbono.
As empresas precisam se adequar à nova realidade enfrentada pelo planeta, e o consumidor deve estar atento para cobrar políticas que tenham como foco a o desenvolvimento sustentável.
Assim, é papel dos governos criar e fiscalizar o uso políticas de desenvolvimento, da mesma forma que é função de cada um cobrar a aplicação dessas políticas por parte do Estado e da iniciativa privada.
Isso, associado ao consumo desenfreado e o desmatamento de importantes biomas, constitui uma fórmula destrutiva que influencia diretamente no aquecimento global.
Como vimos, o aquecimento global é um processo com várias causas – e, dentre elas, está o desmatamento.
O impacto da devastação das florestas, sobretudo na Amazônia, já foi alvo de diversos estudos de renomados institutos de pesquisa no Brasil e no mundo.
Também o site oficial do Ministério do Meio Ambiente lista o desmatamento como um dos principais desencadeadores do efeito estufa, fenômeno que está por trás da crise climática.
O primeiro impacto do desmatamento é quase que imediato, já que as árvores absorvem grande parte dos gases causadores do efeito estufa e, assim que cortadas, passam a devolver esses gases para a atmosfera terrestre.
Outra consequência negativa da dizimação das florestas é sobre o que chamamos de “rios voadores”.
A Bacia Amazônica, por exemplo, é responsável por produzir enormes massas de ar carregadas de umidade, as quais, transportadas pelas correntes de vento até as regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil, funcionam como um regulador das temperaturas.
Apenas uma árvore amazônica com copa de 10 metros (o que é relativamente pequeno, para a região) libera diariamente 300 litros de água na atmosfera por meio do processo de evapotranspiração.
Essa foi uma descoberta do pesquisador Gerard Moss em seu projeto “Rios Voadores”.
E as consequências vão além das fronteiras, pois esse ar úmido influencia nas chuvas de todo o continente: da Bolívia ao Paraguai, passando por Argentina e Uruguai até chegar no extremo-sul do Chile.
Em um país extremamente dependente das chuvas para agricultura e a produção de energia elétrica, como é o Brasil, não poder contar com essas massas de ar traz prejuízos importantes para a economia.
O aquecimento global tem estado nos holofotes da opinião pública já há alguns anos.
Hoje, suas consequências não são mais uma possibilidade de um futuro distópico, mas uma realidade, comprovada cientificamente, com a qual temos que conviver no dia a dia.
Os efeitos da crise climática podem ser observados no aumento da temperaturas média do planeta, que sobem ano a ano.
Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), principal entidade científica de referência sobre o tema, o último século foi o mais quente registrado na Terra desde o fim do último período glacial.
Criado no contexto da Organização das Nações Unidas (ONU), o IPCC registrou um aumento médio de 0,7ºC no século XX.
O dado original consta em documento de 2007, reproduzido desde então em diversas outras pesquisas
Também prevê uma elevação ainda maior das temperaturas no século XXI, podendo chegar a 4ºC até o fim desse século se nada for feito em escala global.
Ainda que quatro graus possam parecer pouca coisa, o Painel alerta que nunca antes na história da humanidade foi registrado um aquecimento tão grande em tão pouco tempo.
Segundo relatório publicado em outubro de 2018, um aumento de apenas 2ºC na temperatura significaria uma extinção de 99% dos recifes de corais, 16% das plantas e aumento do nível do mar, provocado pelo derretimento das geleiras, de até 0.46 metros até 2100.
Já o documento mais recente, de 2019 (que você pode conferir na íntegra neste link), traz importantes observações e recomendações.
Segundo o IPCC, enfrentar a catástrofe climática exige medidas rápidas e sem precedentes até então, limitando o aquecimento global em 1,5 grau Celsius em relação ao período pré-industrial.
Se essa barreira for superada, há riscos de
Em resposta, o IPCC recomenda em seu relatório de 2019 que as emissões humanas de dióxido de carbono precisam cair 45% até 2030 (na comparação com 2010) e zerar até 2050.
Também lista as seguintes ações como necessárias:
Durante as últimas décadas, diversas conferências sobre o clima resultaram em acordos intergovernamentais com foco na redução dos gases causadores do efeito estufa.
Dentre eles, destacam-se a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças no Clima (UNFCCC), que culminaram com importantes acordos diplomáticos do clima, como o Protocolo de Quioto e o Acordo de Paris.
O Protocolo de Quioto foi elaborado em 1997, durante a III Conferência das Partes da UNFCCC (COP-3).
Teve como objetivo estabelecer metas concretas de redução de emissão de gases causadores do efeito estufa.
Contudo, só entrou em vigor oito anos depois, em 16 de fevereiro de 2005.
A demora se deve à previsão de adesão de países que, juntos, contabilizassem pelo menos 55% das emissões em 1990.
Como os Estados Unidos (que respondiam sozinhos por 35% delas) não ratificaram o acordo, praticamente todos os demais tiveram que assinar.
Em 2005, então, com a confirmação da Rússia no acordo, o Protocolo de Quioto, enfim, saiu do papel.
Ele estabeleceu que as emissões totais de gases de efeito estufa deveriam ser reduzidas até uma média de 5,2% abaixo daquelas registradas em 1990, e que isso deveria ocorrer entre os anos de 2008 e 2012.
Já o Acordo de Paris, por sua vez, inaugurou uma nova era nas negociações internacionais do clima durante a sua ratificação, na 21ª Conferência das Partes (COP21) da UNFCCC, em 2016.
Foi aprovado por 195 países, que se comprometeram em manter o aumento médio global abaixo de 2% acima dos níveis pré-industriais, empregando esforços para limitar a 1,5%.
Para alcançar os objetivos do Acordo de Paris, cada governo estabeleceu seus próprios compromissos a partir do que foi chamado de Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC, na sigla em inglês).
Por meio delas, foram apresentadas as diretrizes de cada nação para alcançar a meta, adotando índices considerados viáveis a partir do seu próprio cenário social e econômico.
O Regime Pós-Paris traz uma nova luz à maneira como encaramos a exploração do planeta, abordando, pela primeira vez, um modelo de negociação multilateral, chamado bottom-up, que implica todas as partes do processo de transformação.
Quando o assunto é aquecimento global, existem três posições básicas: “o aquecimento global existe e é causado pelo homem”, e, do outro lado, “o aquecimento global existe, mas não é causado pelo homem” e “o aquecimento global não existe”.
O primeiro grupo de negacionistas defende que o aquecimento do planeta é um processo natural, causado pelo aumento das atividades solares, e por um ciclo geológico de aquecimento do planeta.
O segundo grupo nega a existência do aquecimento global como um todo, afirmando que os estudos da área são parte de uma conspiração dos países desenvolvidos para que os subdesenvolvidos não aumentem seu consumo ou melhorem seu padrão de vida.
Ambos os grupos refutam os dados científicos publicados por cientistas no mundo todo e, dessa forma, colocam em xeque a credibilidade de diversos estudos realizados nas últimas décadas.
Contrariam, por exemplo, que mudanças consistentes na temperatura só acontecem por desequilíbrio energético, que é o que acontece justamente com as emissões humanas de gases de efeito estufa, que acabam prendendo na atmosfera parte do calor que deveria sair dela.
Em meio a uma crise climática, o empreendedorismo traz como saída os negócios de baixo carbono, como são chamados aqueles setores que apresentam menores intensidade em emissões dos gases causadores do efeito estufa.
Essa abordagem para a gestão se mostrou útil não só para reduzir os impactos ao meio ambiente, como também uma eficaz forma de reduzir os gastos com desperdício.
A transição para uma economia de baixo carbono significa a abertura de todo um novo mercado com oportunidades de negócio.
E eles vão desde consultorias, passando por alternativas de combustível e energia limpa, até a inovação com novas técnicas e tecnologias para uma exploração sustentável.
Não é de hoje que o aquecimento global ocupa espaço nos noticiários, sendo ainda assunto em aulas de ciências e pauta para debates políticos.
Mas o futuro virou presente, e a crise climática é uma realidade consolidada.
Causado pelo efeito estufa, o fenômeno se intensificou após a industrialização, chegando a níveis catastróficos nas últimas décadas.
As consequências já são visíveis e é preciso que as pessoas, governos e empresas façam a sua parte para garantir um mundo habitável para as gerações futuras.
Neste artigo, você conheceu melhor o conceito, suas causas e consequências.
Caso se interesse pelo tema, siga estudando, se capacitando e monitorando as suas ações.
Um próximo passo pode ser conferir este artigo sobre educação ambiental, já que passa por ela encontrar soluções para a crise climática.
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